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“OJM não pode se deixar instrumentalizar”

Filipe Nyusi, presidente da Frelimo, desafio a Organização da Juventude Moçambicana (OJM) a manter-se leal aos seus ideias e não permitir que seja instrumentalizada contra as decisões do Governo e do Partido. Nyusi falava, sábado, no encerramento da III secção do Comité Central da OJM.

O presidente da Frelimo diz que o braço juvenil do partido deve se abrir para novas ideias que devem dar dinamismo à organização.
“A OJM deve se abrir às novas ideias e pensamentos, aceitar outras análises sobre o processo de construção do Estado moçambicano. O melhor mestre é aquele que trabalha as boas ideias. Não quero com isso dizer que devem se deixar ser instrumentalizados, usados como agentes contrários às políticas do Governo da Frelimo. Construamos uma OJM moderna e dinâmica, promotora do patriotismo, desenvolvimento económico e social da nação moçambicana”, desafiou Filipe Nyusi.

O líder do partido do “tambor e da maçaroca” exortou aos membros da organização a lutarem pelo desenvolvimento do país de forma a garantir o aumento da produção.

“É preciso a vossa entrega incondicional na busca do conhecimento científico, técnico como ferramentas de transformação da nossa economia que hoje se caracteriza maioritariamente como uma economia de serviços. Este facto deve mover-nos de forma rápida a uma economia produtiva, o nosso país consome mais do que produz. Com Todas as nossas acções devem procurar trazer o aumento da produção e produtividade do nosso país”, exortou o líder da Frelimo.
Nyusi manifestou, ainda, o seu compromisso de continuar a ouvir e apoiar a juventude e a lutar pelos seus anseios.

Por sua vez, Mete Gondola, secretário-geral da OJM, diz que a III sessão do Comité Central da organização serviu para colher diversas sensibilidades sobre os problemas que afectam os jovens, sendo a falta de habitação o principal de todos.

“A falta de habitação para os jovens foi um problema largamente discutido. Pensamos que há necessidade de se reduzir o preço de importação dos materiais de construção. Pensamos também que se deveria adoptar a abordagem nos centros urbanos onde encontramos maior pressão. Sugerimos que se tenha uma abordagem de construção colectiva, onde por um lado ajuda a construir economias de escala, mas por outro lado pode nos ajudar a ter ganhos com a habitação”, disse o secretário-geral da OJM.

O comité central da OJM foi ainda um espaço para a preparação das teses que a organização vai levar para o XI congresso do partido Frelimo, marcado para finais de Setembro e princípios de Outubro deste ano, em Maputo.

 

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