A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu ontem ajuda monetária no valor de 350 milhões de dólares para apoiar as suas operações na resposta humanitária à situação na Ucrânia.
O apelo, segundo a organização, visa apoiar as populações afectadas na Ucrânia, Moldova, Roménia, Hungria, Eslováquia e Polónia. Estes países estão na linha da frente da crise dos refugiados.
De acordo com os dados da OIM, desde o início do ataque russo, mais de 1,25 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. Para alcançar as pessoas deslocadas e as comunidades dos países que os acolhem, a organização visa trabalhar em estreita colaboração com os seus parceiros.
A OIM vai estabelecer um mecanismo de coordenação eficaz que facilite a comunicação entre si, cidadãos de países terceiros e consulados relevantes.
Serão ainda estabelecidos instrumentos de encaminhamento apropriados com organizações não-governamentais (ONGs), governos e parceiros para ajudar até 20 mil cidadãos de países terceiros a viajar de forma segura e ordenada para os seus países de origem.
“A OIM vai fornecer abrigo temporário para pessoas deslocadas onde as condições de abrigo forem inadequadas. A organização também vai facultar produtos não alimentares, incluindo assistência para o inverno para garantir uma vida digna e sustentável de peças desenraizadas”, realçou.
A OIM adiantou que também planeia apoiar as pessoas que ficaram sem abastecimento de água e infraestruturas de saneamento.
“As hostilidades levantam múltiplas preocupações de protecção. Em resposta, a OIM fornecerá assistência de proteção individual, que inclui gestão de casos para necessidades específicas e maior acesso a informações, como linhas diretas para pessoas em movimento”, observou.
A organização também vai fornecer uma ampla gama de serviços de saúde, incluindo consultas de cuidados de saúde primários, triagem e gestão de doenças transmissíveis, cuidados de saúde reprodutiva, materna, infantil e neonatal de emergência e encaminhamentos para unidades de saúde especializadas para populações deslocadas e com acesso restrito.
Além disso, a OIM vai providenciar orçamentos de recurso para prestação de assistência à segurança alimentar e apoiar os governos nacionais e parceiros em trânsito, monitorizando a entrega e o acesso a serviços e proteção às populações afectadas.
A entidade vai também realizar avaliações e rastreamento de mobilidade com o objetivo de facultar estimativas sobre a presença e o número de grupos populacionais afectados no país para compreender e lidar melhor com a crise humanitária.
A OIM é um dos maiores actores humanitários na Ucrânia com sete escritórios no país. O organismo tem ainda funcionários permanentes e gabinetes em todos os países vizinhos há décadas, escreve a Lusa.