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O que elas fazem nos EUA?

Umas chegaram já com créditos firmados e não se assustaram! Deram cartas, desde logo, e tornaram-se, com números concisos, influentes nas respectivas instituições. Outras, nem tanto, tendo ainda passado por um processo de adaptação! Como que a dar razão ao poeta: primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Pois bem: do alto dos seus 21 anos e 1.83 metros, Hulda Joaquim cumpre a sua segunda “época” no Seward County Community College, instituição para a qual se transferira em Junho de 2020 com objectivo de se formar e (a)afirmar desportivamente.

Em meio a condicionalismos, impostos pela pandemia da COVID-19, não chegou a decepcionar arrancando os seguintes “targets”: média 8.5 pontos, 9.0 ressaltos, 41.2% nos lançamentos de campo e 50% nos tiros exteriores.

Produto do torneio inter-escolar Basket Show, onde evoluiu na Escola Secundária Nelson Mandela do “coach” Cleto Chissico, Hulda Joaquim integrou o cinco inicial do Seward County Community College na vitória, a 5 de Novembro, diante do Utah State Eastern (76-60).

Em Ephraim, Utah, a internacional basquetebolista moçambicana esteve perto de um duplo-duplo ao contabilizar oito pontos e nove ressaltos (dos quais quatro defensivos e cinco ofensivos), duas assistências e igual número de roubos de bola em 28 minutos na quadra.

A poste converteu 3 em 10 lançamentos de campo e 2 em cinco tiros exteriores, tendo liderado as “Lady Saints” nos “rebounds”.

Instituição que mais basquetebolistas moçambicanas recebeu, o Seward County Community teve uma média de 43.3% nos lançamentos de campo (29 lançamentos concretizados em 67 tentados), 36.4% nos tiros exteriores (12 concretizados 33 tentados) e 85% na linha de lances livres (6 em 7).

Com 21 ressaltos (10 ofensivos e 11 defensivos), as “Lady Saints” perderam na luta das tabelas, porquanto o Utah State Eastern contabilizou 32 “rebounds” sendo 25 defensivos e 7 ofensivos.

Uma entrada muito forte, com agressividade defensiva, permitiu ao conjunto de Hulda Joaquim condicionar o seu adversário e fazer um parcial de 12-0 com 6:15 minutos por se jogar no primeiro quarto.

Hulda Joaquim foi influente ofensivamente ao acertar três lançamentos e contribuir para que, no final do primeiro quarto, o Seward County Community College liderasse com parcial de 22-11.

Com a liderança, o condado de Seward continuou a fazer pressão alta e a criar crise de raciocínio nas “Eagles”.

Aliás, as “Lady Saints” fugiram no marcador (13 pontos) alcançando uma vantagem (30-17) no segundo quarto.

Depois de um tiro de Zhane Thompson, o Seward County Community College disparou para 22 pontos (44-22), mas as “Eagles” fecharam o intervalo com parcial de 7-2, saindo a perder por 46-29.

No terceiro quarto, as “Eagles ” apresentaram-se com maior clarividência ofensiva conseguindo um parcial de 11-4, chegando mesmo a reduzir a desvantagem para 50-42.

Pressionadas, as ” Lady Saints” responderam com um parcial de 7-2 para liderar por 57-42, após Halima Salat lançar uma “bomba” na zona dos 6,75 metros com 3:00 por se jogar no terceiro quarto.

A duas instituições deram o seu melhor na quadra, mas o Seward County cometeu menos erros e controlou o marcador no final da etapa, na qual vencia por 14 pontos: 60-46.

No quarto e decisivo quarto, as ” Lady Saints”, conduzidas por Zayla Tinner, foram mais clarividentes ofensivamente conseguindo um parcial de 10-4.

Com 2:28 minutos por se jogar, as “Eagles” procuraram recuperar o resultados, mas o condado de Seward manteve o seu ritmo de jogo e venceu por 76-60.

 

CHANAYA ESTREIA COM VITÓRIA

Vai, claramente, deixar saudades no Northwest Florida State College (Raiders). Não tivesse, com exibições de grande nível, “carregado” esta instituição para a conquista da NJCAA (National Junior College Athletic Association).

Os seus “targets” não desmentem a sua influência, marcas deixadas e sentimento de missão cumprida na hora de se transferir para o Oregon Ducks: 14,6 pontos e 8,5 ressaltos por jogo e 19 duplo-duplos na época 2020-2021

Agora, ou melhor, esta terça-feira, Chanaya Pinto iniciou um novo ciclo. E, na estreia nos jogos a sério, contribuiu com oito pontos e dois ressaltos, igual número de roubos de bola e uma assistência na vitória facílima do Oregon diante do Idaho, por 91-34.

Em 19 minutos na quadra, a “rookie” no “Afrobasket” 2017 concretizou dois em três lançamentos de campo, 0 em 1 tiros na zona dos 6, 75 metros e 4 em 4 lançamentos livres (100%).

Dominador, o Oregon terminou o jogo com melhores números na “boxe score”: 36 em 59 nos lançamentos de campo (61.0 %), 7-15 nos tiros exteriores (46.7 %) e 12-16 na linha de lances livres (75.0 %), contra 14-62 (22.6 %), 2-25 (8.0 %) e 4-6 (66.7 %).

Há, outrossim, registo de dez pontos e seis ressaltos (três ofensivos e igual número defensivos) em 17 minutos na quadra na vitória do Oregon, a 28 de Outubro, diante do Saint Martin’s por 93-26. Com parciais de 24-0, 23-7, 22-7 e 24-12 o conjunto de Chanaya Pinto jogou a um ritmo de treino neste ensaio para a temporada 2021-2022.

Noutro jogo sem grande interesse competitivo, a 5 de Novembro, o Oregon Ducks bateu o Westmont (95-65) com a internacional basquetebolista moçambicana a contabilizar dois pontos, quatro ressaltos (três ofensivos e um ofensivo), igual número de assistências e uma perda de bola em 23 minutos na quadra. O Oregon controlou todos quartos com os seguintes parciais: 20-13, 26-12, 27-19 e 22-21.

 

OS NÚMEROS DE DELMA, SANDRA E MADINA

Três Pérolas moçambicanas aportaram, este ano, no New Mexico Junior College: Delma Zita, Sandra Magoliço e Madina Camara, todas elas com passagem pelas selecções nacionais de basquetebol (principal e de formação).

A 6 de Novembro, foi dia de estreia! E exibições consistentes. A começar, claro, pela talentosa base Delma Zita que, fazendo parte do cinco inicial, liderou o New Mexico Junior College com 15 pontos e sete ressaltos (quatro ofensivos e três defensivos) na vitória diante do Northwest Kansas Technical College, por 90-40. Em 34:00 minutos na quadra, Delma, que foi a mais utilizada, teve um registo de 6 em 12 nos lançamentos de campo, 0 em 2 nos tiros exteriores e 3 em 4 na linha de lances livres.

A base da selecção nacional foi bem secundada por Madina Camara, extremo que contabilizou 13 pontos, quatro ressaltos defensivos, três assistências e um roubo de bola em 29:00 minutos na quadra. Camara terminou o duelo com 3 em 7 nos lançamentos de campo, 1 em 3 nos tiros exteriores e 6 em 8 na linha de lances livres.

Já Sandra Magoliço, atleta que disputou o Mundial sub-19, na Tailândia, foi pouco utilizada ao contabilizar 5:00 minutos, tempo em que fez dois pontos e ganhou três ressaltos.

No Global, o New Mexico Junior College teve o registo de 31 em 60 nos lançamentos de campo (51, 7%), 4 em 14 nos tiros exteriores (28.6%) e 24 em 32 na linha de lances livres (75%), 47 ressaltos (31 defensivos e 16 ofensivos), 15 assistências, 17 roubos de bola e igual número de perdas de bola.

Era a inversão dos papéis, uma vez que um dia antes Madina Camara liderou o New Mexico Junior College com 15 pontos, cinco roubos de bola e um ressalto na vitória frente ao Pratt Community College, por 75-28. A medalha de bronze no “Afrobasket” sub-18, em 2016, concretizou 7 em 13 lançamentos de campo e 1 em 4 tiros exteriores. Campeã africana de clubes pelo Ferroviário de Maputo, em 2018, numa final ganha ao Inter de Angola, Delma Zita contribuiu com 12 pontos, três ressaltos, igual número e uma assistência em 24 minutos.

Já Sandra Magoliço contabilizou nove pontos e cinco ressaltos (dois ofensivos e três defensivos) em 19:00 minutos na quadra. A filha do basquetebolista Octávio Magoliço concretizou 4 em 4 lançamentos de campo e 1 em 2 na linha de lances livres, acrescendo ainda uma assistência e quatro roubos de bola.

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