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“O governo liderado pela Frelimo tem problema de planificação”, defende Nhacúcue

Ismael Nhacucue
Foto: O País

A falta de planificação faz com que as instituições do Estado sejam descredibilizadas. Quem o diz é o analista Ismael Nhacúcue, acrescentando que o governo se dseveria preparar melhor para cobrir todos os custos eleitorais.

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Carlos Matsinhe, tornou público que serão suspendidas dos processos preparativos das eleições devido as dívidas que o orgão tem com os fornecedores, pois, estes recusam-se a exercer qualquer actividade antes do pagamento das dívidas já existentes.

Para Nhacúcue a responsabilidade de todo este problema é do governo, liderado pelo partido Frelimo, uma vez que, havendo eleições a cada cinco anos o país continue despreparado.

“Este partido é responsável pela descredibilização das instituições do Estado, porque não faz sentido que a cada cinco anos tenhamos eleições e ainda assim não criam condições para que sejam orçamentadas e ter recursos para o pagamento de serviços no âmbito do processo eleitoral”.

Acrescentou ainda que “Já no processo das autarquias, do orçamento global, o Governo só havia disponibilizado, numa primeira fase, 30% , ficou meio apertado, e só no fim conseguiu fazer um esforço”.

Este facto significa, segundo o analista, que “governo da Frelimo de planificação não tem nada, empurra todos os problemas até ao limite”. Desta forma, Ismael Nhacúcue acredita que a solução seria que todo o processo logístico que diz respeito a a realização da votação e de educação cívica seja preparado antecipadamente.

O analista diz acreditar que o problema orçamental que afecta o país está ligado ao facto do governo no poder não fazer a priorização de despesas realmente necessárias e com o envolvimento de quadros importantes em negócios ilícitos.

“governo da Frelimo geriu mal o país, pôs o país na banca rota, criou condições objectivas através do envolvimento dos seus quadros nas dívidas ocultas, que criou condições para a descredibilização do Estado, o que culminou com a retirada de investidores no país”.

“É o governo do partido Frelimo que está a sabotar o país, que está a criar condições para que o país não avance. Nunca ouvi o Chefe de Estado as dizer que no âmbito do emagrecimento económico vai reduzir as suas viagens para o estrangeiro, ou o passeios dos seus ministros. Cada viagem do presidente, cada aquisição desnecessária e outras actividades não prioritárias, colocam em causa as actividades necessárias”.

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