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O compromisso com a moda de Sílvia Wachane

Chama-se Sílvia Wachane e passa a vida a cortar tecidos, por sinal, alguns muito bonitos para fazer uma obra de arte ainda mais linda e preciosa.

Ela conta que começou com apenas 13 anos de idade, ainda na escola secundária e aos 16 a coisa ficou mais séria, quando fez o curso de corte e costura. Foi então que passou a produzir roupas para os seus colegas na escola.

Em 2014, já com 19 anos de idade, Sílvia mudou-se para a Cidade de Inhambane, com o objectivo de cursar gestão hoteleira na Escola Superior de Hotelaria e Turismo da Universidade Eduardo Mondlane. Foi nessa ocasião que ainda em tenra idade, começou com o seu negócio num pequeno cantinho: “eu comecei a coser roupas no quarto em que eu vivia. Era tudo no mesmo espaço, quarto e sala, cozinha e atelier. Mais tarde, aluguei um espaço que também era muito pequeno, mas pelo menos eu tinha um pouco mais de privacidade, depois passei para outro ainda maior, até que decidi abrir aqui onde estamos agora”, acrescentou Sílvia, enquanto explicava o percurso que levou até conseguir abrir um dos maiores atelieres da Cidade de Inhambane.

Enquanto estudava, Sílvia sempre foi instrutora de corte e costura no Instituto Nacional de Emprego em Inhambane e no meio do caminho, foi gestora de uma estância turística na terra da boa gente.

E foi com o dinheiro desse negócio que a jovem pagou a própria escola e conta que teve de abrir mão de muita coisa. Ela conta que no início quem pagava as contas da escola era o pai, até que com o dinheiro das roupas, ela passou a pagar a sua própria escola, uma decisão que tomou para aliviar o pai que tal como outros, também têm muitas contas para pagar. Aliás, para conseguir pagar a escola, Sílvia diz que teve de abdicar de muitas coisas, típicas da juventude, pois segundo ela é tudo uma questão de foco e prioridade.

Mas o que ela não abre mão, são os conhecimentos que adquiriu no curso de licenciatura em gestão hoteleira, uma vez que as habilidades de gestão que aprendeu na faculdade, ajudam-na a dar um rumo seguro ao negócio de confecção de roupas.

Além disso, Sílvia diz que sonha abrir uma empresa de consultoria em áreas ligadas a hoteleira e turismo.

A estilista já participou em 2 edições do Mozambique Fashion Week, tendo ganho o prémio Amarula Challange 2018.

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