Chegou à sede do ministério, na avenida Mártires de Inhaminga, baixa da capital, por volta das 09h00 da manhã. Ernesto Max Tonela e Ragendra de Sousa estavam já do lado de fora à espera do Presidente da República.
O ministro e o vice-ministro da Indústria e Comércio levaram Filipe Nyusi a conhecer a “casa”, mas o Chefe de Estado foi homem de poucas palavras, daí não se ter demorado neste ponto.
Filipe Nyusi queria mesmo conhecer cada instituição tutelada pelo Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e conversar com os dirigentes. Fê-lo, passando por sete instituições ligadas ao ministério. E o local da conversa foi nas instalações do Instituto Nacional de Normalização de Qualidade (INNOQ).
“Queríamos que entendessem, primeiro, que o Ministério da Indústria e Comércio está no grupo dos ministérios produtivos. A vossa orientação não é de parasita. Temos que ter essa consciência de que estamos numa área, como se fosse centro de resultados e não de consumo”, esclareceu Chefe de Estado.
Filipe Nyusi soube que as importações reduziram, dos mais de sete mil milhões de dólares, em 2015, para pouco mais de quatro mil milhões de dólares em 2016. Entretanto, o Presidente da República diz que é preciso produzir mais, até porque, segundo sustenta, Moçambique tem condições para estar em patamares de destaque, tanto no sector industrial como no comercial.
Filipe Nyusi questionou sobre as medidas que estão a ser tomadas para acabar com o contrabando de produtos e a concorrência desleal, tendo lembrado que é preciso dar prioridade aos moçambicanos.
“A questão da concorrência desleal é séria. Primeiro Moçambique. Mas isso não quer dizer que tenhamos de sacrificar os moçambicanos. Temos de trabalhar, de modo a promover a produção. E sobre a concorrência desleal, é extremamente importante vermos a qualidade do produto nacional, a quantidade e a regularidade na produção”, alertou.
O Presidente da República elogiou, por outro lado, a Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) pelo seu trabalho, mas diz que é preciso trabalhar ainda mais.
O ministro da Indústria e Comércio aponta como desafios a necessidade de reforçar a fiscalização para reduzir o contrabando.
“No domínio da indústria, um dos desafios que temos são os produtos contrafeitos e o contrabando que concorre de forma desleal com a produção das unidades estabelecidas em Moçambique. Temos estado a trabalhar com a Autoridade Tributária e com a Inspecção Nacional de Actividades Económicas para combater este mal”, disse Max Tonela.