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Nyusi exige qualidade nos serviços do IPAJ e não quer cobranças ilícitas

Foto: Presidência da República

O Presidente da República diz que o trabalho do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) é uma das formas de combater a corrupção na Justiça. Com a inauguração da nova sede, esta segunda-feira, Filipe Nyusi exige maior qualidade nos serviços e espera que os funcionários do IPAJ não estejam envolvidos em cobranças ilícitas.

A Direcção-geral do IPAJ e a sua delegação da Cidade de Maputo passam a funcionar em novo edifício, localizado na avenida Karl Marx, na capital do país.

A infra-estrutura custou ao Orçamento do Estado 690.4 milhões de Meticais e tem dois blocos subdivididos em seis andares cada.

Com o novo edifício, a Direcção-geral do IPAJ deixa de funcionar em instalações menores e parte delas arrendadas e a delegação da Cidade de Maputo sai do edifício que tinha sido cedido pelo Ministério do Trabalho.

A inauguração do edifício esteve a cargo do Presidente da República, Filipe Nyusi, que, à chegada, recebeu explicações sobre a infra-estrutura e visitou parte dos compartimentos para depois lançar desafios.

“Com esta infra-estrutura moderna, fica o desafio de o IPAJ prestar serviços de qualidade, à altura das exigências dos moçambicanos. Para além de exercer a defesa dos interesses individuais e colectivos, exortamos que intensifiquem a vossa acção na protecção do nosso ambiente em todas as suas dimensões”, exigiu Nyusi, que garantiu, na ocasião, que o seu Governo vai continuar a apoiar o IPAJ, instituição que diz ser uma via de combate à corrupção.

“Uma das formas de combater a corrupção na Justiça é através do vosso trabalho”, diz e lembra que o trabalho dos funcionários do IPAJ não tem remuneração directa dos clientes que buscam defesa dos advogados da instituição.

“Espero que ninguém faça cobranças ilícitas. Nunca ouvimos casos assim. Espero que continuem assim.”

O director-geral do IPAJ, Justino Tonela, aponta o desafio contínuo de estar presente em todos os distritos, contando com aqueles cujas instalações foram destruídas pelos ataques terroristas em Cabo Delgado. Aliás, o terrorismo matou, naquela província, um dos funcionários da instituição.

As obras de construção do edifício-sede arrancaram em 2015, com a previsão de serem concluídas em um ano e seis meses, mas, por dificuldades financeiras, só foram entregues ao fim de Maio do ano corrente.

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