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“Usem a diplomacia para atrair mais investimentos para o gás”, diz Nyusi

Foto: O País

O Presidente da República exige que o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação use a diplomacia para atrair investimentos para o país, com maior enfoque para as áreas de petróleo e gás. Nyusi falava, hoje, na abertura do 10º Conselho Coordenador daquela instituição.

Desde hoje, actuais e antigos quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação estão reunidos no décimo Conselho Coordenador, para passar em revista a diplomacia moçambicana.

De tudo que possa ser alvo de debate neste encontro de cinco dias, o Presidente da República, que fez a abertura oficial do evento, entende ser importante que, na agenda, não falte a criação de criatividade diplomática para atracção de investimentos.

O pedido surge num contexto em que Moçambique vai, a partir deste ano, exportar gás natural liquefeito, produzido pela Plataforma Flutuante, fabricada pela Samsung, na Coreia do Sul. Só com este investimento, neste primeiro ano, o país poderá encaixar 34.5 milhões de dólares.

Filipe Nyusi pede, então, que os diplomatas façam mais pela atracção de mais investimentos desta envergadura. “A nossa diplomacia terá de se posicionar para tirarmos maior proveito da nossa filiação ao Clube dos Países Produtores e Exportadores de gás natural, colhendo mais experiências e explorando oportunidades que são oferecidas naquele fórum”, exigiu Nyusi.

Na mesma sessão de abertura do evento que vai durar cinco dias, Filipe Nyusi exigiu que os quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação tenham uma agenda económica nas suas missões diplomáticas. E o caminho já começou a ser trilhado nesse sentido, com a instalação de missões no Qatar e em Ruanda.

Filipe Nyusi explicou, ainda hoje, a lógica económica por trás da escolha destes países. Sobre o Qatar, “aquele país árabe é um elo entre o Oriente e o Ocidente, sendo que a fácil acessibilidade de algumas das principais cidades do mundo, a partir do Qatar, faz de si um destino preferencial para investidores e empreendedores”, explicou.

Sobre o Ruanda, o Presidente destacou o facto de estar a implementar reformas económicas que resultam num dos maiores níveis de crescimento económico do mundo. Nesse sentido, Nyusi disse ser papel da diplomacia trazer essas experiências.

Para todos os efeitos, em todas essas missões, deve ser interesse de Moçambique assegurar que em cada acção diplomática, os objectivos priorizados sejam nacionais.

O décimo Conselho Coordenador do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação decorre sob o lema “Por uma Diplomacia de Paz, Investimento e Desenvolvimento, Novos Desafios e Novas Abordagens” e conta com a presença de antigos dirigentes da instituição, deputados e outros convidados.

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