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Nyusi aponta desleixo e corrupção em cadeia como causas de acidentes e exige “medidas enérgicas”

Foto: GPR

O número de condutores formados no país tende a decrescer, entretanto a quantidade de carros cresce a cada ano, o que faz o Presidente da República assumir que várias pessoas conduzem sem licenciamento. Nem mais! Que se aperte o cerco contra estas pessoas, diz Filipe Nyusi.

“Por uma cidadania responsável, juntos na prevenção e combate à sinistralidade rodoviária” é o lema que conduziu o Dia da Legalidade (5 de Novembro), este ano. Um lema tão oportuno, porquanto o decurso dos acontecimentos mostra que as estradas nacionais são locais de dor e luto.

E quando os representantes de administração da Justiça foram à Presidência da República, na última sexta-feira, saudar ao Estadista pelo Dia da Legalidade, o tema de fundo na intervenção de Filipe Nyusi foi a sinistralidade rodoviária.

Num contexto em que se registou um decréscimo de condutores formados, que passaram de 89.946 em 2016 para 31.700 no ano passado (2020), o número de veículos nas estradas a aumentar (tendo passado de 927.260 em 2016 para 1.112.850 em 2020), o Estadista entende que “esta tendência remete-nos à conclusão de que existem condutores não licenciados, o que constitui um prenúncio de que o problema de sinistralidade rodoviária pode agravar-se caso medidas enérgicas e a melhoria das práticas de fiscalização não sejam adoptadas”.

Filipe Nyusi disse também que é preciso assegurar a responsabilidade administrativa, civil e criminal de todos cujos actos que levam à sinistralidade rodoviária no nosso país. Disse, igualmente, que a conduta de corrupção é que, muitas vezes, leva a casos de acidentes de viação.

“Muitas das vezes, a sinistralidade rodoviária é induzida por condutas de desleixo e de corrupção e cadeia”, afirma.

Em adição, o Presidente da República falou do combate ao terrorismo, alertando para a necessidade de reflexão sobre soluções que durem. Afirmou que países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Ruanda estão em Moçambique para ajudar “sem questionar” e que “no lugar de discutir palavras, devemos concentrar-nos em construir a sustentabilidade das operações das Forças de Defesa e Segurança” e das forças estrangeiras, visto que “a batalha tem custos”.

Em representação da Administração da Justiça, discursou a Procuradora-Geral, Beatriz Buchili, que falou das acções para o combate aos acidentes e ao crime organizado, com destaque para a capacitação das instituições e provimento de infra-estruturas.

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