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“Novo normal” em normalização lenta para cultura e turismo

O relaxamento de algumas medidas restritivas está a gerar uma lenta recuperação da actividade económica e, particularmente nas artes, cultura e turismo. Nesta última área, cerca de 18% dos trabalhadores afectados negativamente pela pandemia da COVID-19 já conseguiram voltar ao trabalho.

À medida que progressivamente o Governo vem aliviando as restrições impostas devido a pandemia do novo Coronavírus, alguns sectores de actividade tais como o da cultura e do turismo que foram afectados em mais de 95% e 98% respectivamente, estão lentamente a ganhar um novo ritmo.

Falando na abertura da capacitação dos fazedores das artes e cultura em matérias de gestão e marketing, a Ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula disse que em Abril de 2020, perto de 11 mil dos cerca de 64 mil trabalhadores do sector foram afectados pela pandemia e que actualmente, menos de 20% destes é que recuperaram os seus postos de trabalho.

Em relação ao sector da cultura, Materula reitera a importância da inscrição dos fazedores das artes e cultura no sistema de segurança social para que situações de crise como a da pandemia da COVID-19, tenham o mínimo para garantir a sua sobrevivência.

“É preocupação do Ministério da Cultura e Turismo constatar que muitos artistas, criadores, empreendedores e produtores culturais assim como técnicos e profissionais de toda a cadeia de valor das indústrias culturais e criativas se encontram, sobretudo no que tange à sua não inscrição no Instituto Nacional de Segurança Social para assegurar previdência social e bem-estar das suas respectivas famílias”, disse Materula durante o seu discurso de abertura do evento.

Deste modo, o Ministério da Cultura e Turismo está a estabelecer contactos com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), com o próprio Ministério de Trabalho e Segurança Social e Autoridade Tributária de Moçambique (AT) para desencadear programas de persuasão e registo deste segmento social à previdência social.

“Queremos com esta medida prevenir que as actuais e futuras gerações de artistas, criadores e empreendedores culturais passem a mesma situação que as anteriores gerações vivem no pressente momento. Assim sendo, apelamos à colaboração de todos os interessados neste programa”, acrescentou.

A ministra referiu que a visão que guia o Governo moçambicano é de fazer da Cultura um activo económico e um dos pilares do desenvolvimento inclusivo e sustentável do país. É neste sentido que no Programa Quinquenal do Governo (2020-2024), o executivo definiu entre outras prioridades, a formação e capacitação dos profissionais das artes e cultura em diversas matérias para tornar a actividade de cultura um sector produtivo, que promova oportunidades para criação de emprego e de renda para jovens moçambicanos baseados na sua diversidade cultural e na sua alta capacidade criativa e, desta forma, reduzir as desigualdades sociais.

Esta quarta-feira, arrancou em Maputo a capacitação dos fazedores e profissionais das artes e cultura em matérias de gestão e marketing de bens culturais e criativos que ao longo do presente quadrimestre de 2020, beneficiou um total de 1.011 profissionais e fazedores da cultura.

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