As autoridades de saúde asseguram que o país já deu passos significativos na criação da vacina para prevenir o HIV/SIDA e, neste momento, decorrem análises para verificação da eficácia da mesma.
Segundo os pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (INS) e do Centro de Investigação e Treino do Centro e Saúde da Polana Caniço (CISPOC), ainda não há datas previstas para a conclusão do trabalho.
Os testes para a descoberta da vacina que previne o HIV iniciaram em 2011 e os resultados alcançados são promissores, de acordo com os investigadores.
O médico afecto ao INS, Igor Capitine, que participa no trabalho, garante que a primeira e segunda fases da pesquisa foram ultrapassadas com sucesso. “As mesmas terminaram e demostraram que os produtos usados eram seguros e que produziam, até certo ponto, uma resposta imune. Essa conclusão levou e fez nos avançar para outras fases”.
Os médicos explicam que a vacina para prevenção do HIV/SIDA encontra-se na fase 2b, ou seja, de avaliação da eficácia, de modo a saber se o anticorpo protege ou não as pessoas da doença.
Entre os anos 2018 e 2020, pelo menos 26 mulheres, todas da cidade de Maputo, maiores de 18 anos de idade e HIV/negativas, aceitaram participar da pesquisa e foi-lhes administradas 10 doses de anticorpos em diferentes quantidades e partes do corpo.
A administração dos anticorpos chegou ao fim, conforme explicou a médica pesquisadora do CISPOC, Patrícia Adamugy.
O estudo foi concluído e, “neste momento, decorrem análises para se avaliar se este anticorpo é realmente eficaz. Mas temos conhecimento sobre o perfil de segurança deste anticorpo e o mesmo mostrou-se seguro e bem tolerado pelas mulheres que o receberam”, referiu Patrícia Adamugy.
Os pesquisadores clarificam que as pesquisas são para vacina de prevenção e não de cura, daí que os doentes com HIV/SIDA devem continuar a recorrer ao medicamento receitado pelos profissionais de saúde.
