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“Norte de África é maior cemitério de migrantes”, afirma Papa Francisco

Foto: Notícias ao Minuto

O papa Francisco denunciou, ontem, a exploração criminosa dos migrantes e garantiu que o Mediterrâneo é um cemitério, mas que o maior é o do norte da África.

A declaração foi feita durante o voo de volta para Roma após o Pontífice participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) edição de 2023, em Portugal.

Francisco se referiu especificamente à situação no deserto entre a Tunísia e a Líbia, onde migrantes são deixados abandonados para morrer.

“O mediterrâneo é um cemitério, mas o maior cemitério é o norte de África. É terrível”, afirmou o Santo Padre, citado pela imprensa internacional.

Segundo o líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana, a exploração dos migrantes é criminosa, não na Europa, mas nos campos do norte de África.

Por fim, alertou que nesta região existem muitos campos de concentração, algo “terrível”, e indicou que na última semana a ONG Mediterranea Saving Humans estava a realizar um trabalho de resgate de migrantes no deserto da Líbia e da Tunísia.

Ainda durante o voo, Francisco andiantou que vai viajar Marselha, na França, nos dias 22 e 23 de Setembro para participar de um encontro sobre o Mar Mediterrâneo, palco de inúmeras tragédias de migrantes nos últimos anos, por causa de sua preocupação com esta área.

“Os bispos do Mediterrâneo vão fazer este encontro, com alguns políticos, também, para refletir a sério sobre o drama dos migrantes”, acrescentou.

A Jornada Mundial da Juventude começou na terça-feira e terminou este domingo. Cerca de 1,5 milhões estiveram, quer no sábado, quer no domingo, em Lisboa, capital portuguesa, segundo a Santa Sé, a participar naquele que é considerado o maior acontecimento da Igreja Católica.

 

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