A Nigéria e o Benin, dois dos três países da União Africana que ainda não tinham assinado o acordo do comércio livre, assinaram hoje a adesão ao bloco.
O acordo estabelece um enquadramento para a liberalização de serviços de mercadorias e tem como objetivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos.
Com o anúncio da Nigéria e do Benim, a Eritreia passou a ser o único país entre os 55 da União Africana que não assinou o acordo.
"Este é o maior evento histórico para o continente africano desde a criação da Organização da Unidade (OUA) Africana, em 1963", afirmou o Presidente nigeriano, Mahamadou Issoufou.
O Presidente nigeriano e o Presidente beninense, Patrice Talon, assinaram o acordo no Palácio do Congresso, aplaudidos pelos seus homólogos africanos presentes em Niamey, capital do Níger, para a cimeira que marca o arranque oficial do Acordo de Livre-Comércio Continental Africano, escreve o Notícia ao Minuto.
O acordo pretende estabelecer o maior mercado do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado que pode chegar aos 2,5 biliões de dólares.
Neste momento, os países africanos trocam entre si 16% dos seus bens, um valor aquém dos 65% entre países europeus, mas a União Africana acredita que o acordo irá levar a um aumento de 60% do comércio dentro do continente até 2022.
Entre os países lusófonos, o acordo foi apenas ratificado por São Tomé e Príncipe.
Na cimeira, Angola estará representada pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, Guiné-Bissau pelo Presidente do país, José Mário Vaz, e Moçambique pela vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Manuela dos Santos Lucas.