O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou esta quarta-feira a sua decisão de romper relações diplomáticas e políticas com os EUA e anunciou o encerramento da embaixada e dos consulados venezuelanos em território norte-americano.
Nicolás Maduro deu prazo de 72 horas para diplomatas norte-americanos deixarem o país.
Maduro falava no Supremo Tribunal de Justiça, durante a sessão de abertura do novo ano judicial, onde além dos magistrados, os representantes de outros poderes lhe manifestaram o apoio, face à decisão do líder do parlamento, o opositor Juan Guaidó se autoproclamar Presidente interino da Venezuela.
Questionando ao ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, sobre quando seria o regresso, explicou que “chegam no sábado à Venezuela.
Quanto ao corte de relações políticas e diplomáticas com os EUA, anunciado na quarta-feira, disse que se tratou de uma decisão “que mantém com firmeza".
Nicolás Maduro voltou a acusar a Casa Branca de ter patrocinado um golpe de Estado contra o seu Governo.
“Deve haver justiça para que se respeite o Estado de Direito e com justiça haverá República e paz”, disse fazendo alusão à autoproclamação de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Maduro explicou que, segundo a Constituição da Venezuela, são "faltas absolutas" do Presidente da República, a sua morte, renúncia, demissão decretado pelo Supremo Tribunal de Justiça, assim como incapacidade física ou mental, permanente, vincando que "não existe nenhum desses casos".
O líder venezuelano recordou que em 20 anos de revolução se realizaram 25 eleições, e que 23 delas foram ganhas pelo governo "chavista", todas dirigidas pelo mesmo Conselho Nacional Eleitoral.