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Negócios caíram 2,2% em Julho deste ano

O volume de negócios decresceu 2,2% em Julho de 2022, em relação ao mês de Junho, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas. O Índice de Actividades Económicas no período em análise revela que as áreas de emprego e de remunerações registaram crescimentos de 1,0% e 0,2%.

Moçambique atingiu, em Julho, novo recorde no aumento de preços. O valor está na ordem dos 11,77%. A cidade de Nampula foi a mais cara nas áreas de transportes, alimentação e bebidas não-alcoólicas.

O incremento no custo de vida surgiu como resultado das constantes subidas dos preços dos combustíveis. Segundo o banco central, este factor afectou, de forma directa, a economia nacional.

A ideia é, agora, sustentada pelo Instituto Nacional de Estatística, através do Índice de Actividades Económicas do mês de Julho de 2022. O relatório revela uma queda no volume de negócio no período em análise.

“Os resultados dos Índices de Actividades Económicas do mês de Julho de 2022, quando comparados com os do mês anterior, revelam um decrescimento do índice de volume de negócios em 2,2%. Os índices de emprego e de remunerações registaram crescimentos de 1,0% e 0,2%, respectivamente”, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A variação negativa do volume de negócios, segundo o Instituto Nacional de Estatística, deveu-se ao decrescimento verificado nos sectores da Produção Industrial (7,7%), de Electricidade e Energia (1,8%) e de Outros Serviços não Financeiros (0,1%).

Contrariamente, os sectores de Alojamento, Restauração e Similares e de Transportes e Armazenagem cresceram na ordem dos 9,2% e 1,8%, respectivamente.

O INE argumenta que o crescimento ligeiro do emprego no mês de Julho foi resultado da variação positiva do indicador nos sectores da Produção Industrial (7,4%) e de Transportes e Armazenagem (0,1%).

No mesmo período, o sector de comércio observou decrescimento ligeiro de 0,6%, enquanto os sectores de Alojamento, Restauração e Similares e Outros Serviços não Financeiros registaram uma estabilização.

Sobre a variação positiva do índice de remunerações no período em referência, o órgão responsável pela informação estatística no país explica que foi resultado do incremento das remunerações nos sectores de Alojamento, Restauração e Similares e da Produção Industrial com 1,2% e 0,9% respectivamente.

Nos sectores de comércio e de transportes e armazenagem, verificaram-se quedas de 0,1% e 0,7%, respectivamente, enquanto no sector de outros serviços não financeiros houve uma estabilização.

Comparando os índices globais do mês de Julho de 2022 com os do período homólogo de 2021, os índices de volume de negócios e de remunerações registaram crescimentos de 7,9% e 10,0%, respectivamente, enquanto o índice de emprego observou variação negativa de 2,8%.

 

PRODUÇÃO DE ENERGIA SOLAR CRESCEU NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

A energia solar foi a fonte de eletricidade que mais cresceu em Moçambique no período de 2017 até 2021, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A produção anual cresceu de 1,5 para 69 gigawatts entre 2017 e 2021, lê-se no boletim de Indicadores Básicos de Energia, Gás e Petróleo. Ainda assim, a energia obtida com os painéis solares representa menos de 1% da eletricidade produzida no país, que continua a estar centrada na barragem de Cahora Bassa – responsável por 83%.

A central solar de Metoro, a maior do país, foi inaugurada em Abril, com 125 000 painéis fabricados na China, uma capacidade de 41 megawatts (MW) e capaz de injectar até 69 gigawatts/hora por ano na rede da Electricidade de Moçambique (EDM).

Outra central vai ser construída no distrito de Dondo, província de Sofala, junto à cidade da Beira, com uma potência de 30 megawatts (MW).

O projecto está orçado em 47,3 milhões de euros e resulta de uma parceria entre a EDM, com 25%, e a empresa francesa Néon, com 75%.

O financiamento do projecto foi prestado pela Agência Francesa de Desenvolvimento, com um empréstimo de 40 milhões de dólares e o remanescente pelo Governo moçambicano.

De acordo com o INE (citando dados da EDM), a taxa de acesso a energia eléctrica tem vindo a subir todos os anos e em 2021 a electricidade já chegava a 38,6% da população moçambicana.

No mesmo ano, a empresa pública EDM faturou 3,5 milhões de megawatts/hora em todo o país, quase metade na Província e Cidade de Maputo.

O Governo moçambicano estabeleceu como meta alcançar o acesso universal à energia até 2030.

Prevê-se electrificar cerca de 300 vilas com recurso à energia hídrica a que se deverão juntar outros tantos projectos de energia solar, de acordo com dados do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

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