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Naufrágio mata quatro pessoas em Quelimane

Foto: O País

Uma das prováveis causas do naufrágio da canoa onde seguiam 10 ocupantes foi o desentendimento entre uma ocupante e o marinheiro. Sucede que a passageira em causa saiu do seu lugar e foi pegar o marinheiro, o que fez com que a embarcação artesanal se desequilibrasse. O que piorou a situação é que a canoa tinha excedido o número de passageiros e infiltrava água.

Uma das 10 ocupantes que seguia na embarcação desentendeu-se com o marinheiro e, no acto, empurraram-se, o que desequilibrou a canoa. Na sequência, quatro pessoas morreram, duas das quais crianças. A canoa saia do povoado de Marrongane e tinha como destino o posto administrativo de Maquival, distrito de Quelimane. O naufrágio ocorreu por volta das 11 horas de sábado.

Valdemiro, o marinheiro que comandava a embarcação artesanal, explicou que, durante o percurso, a canoa começou a registar infiltração de água. Na sequência, pediu calma a todos, porque já estava a escassos minutos da margem para atracar.

“A falecida que criou confusão na embarcação pediu à sua amiga para pegar a filha, porque queria tirar água na embarcação, mas ela não aceitou e, de repente, veio pegar a minha camisa em jeito de confusão. A canoa desequilibrou-se e começou a entrar água, tendo, de seguida, naufragado. A senhora que discutiu comigo e outras três pessoas morreram porque não conseguiram nadar”, contou o marinheiro.

O Governo distrital deslocou-se ao local para prestar solidariedade às famílias enlutadas. Aliás, foi através das viaturas da administração distrital que foi possível remover os corpos do rio Namuinho.

Simplicio Andrade, administrador de Quelimane, explicou que “a presença do Governo visa prestar solidariedade e lamentar a situação. É triste porque as pessoas que saíram do distrito, doutro lado, nunca mais chegarão às suas casas por causa desta situação. Queremos lamentar porque sabemos que fica uma dor muito grande diante das famílias e não só”.

A administração marítima também esteve no terreno, e o respectivo administrador disse ser prematuro avançar as causas do naufrágio. Garantiu que trabalho será feito para apurar as causas.

“Haverá uma equipa multissectorial para trabalhar com os tripulantes envolvidos e com o proprietário da canoa para apurar o que terá ocorrido. A questão do naufrágio preocupa-nos, e procuramos apelar, regularmente, aos proprietários das embarcações para observarem a segurança para não se perderem vidas humanas”, exortou Henriques Francisco, administrador marítimo da Zambézia.

Os dados indicam que Zambézia passa a somar seis vítimas mortais por naufrágio só este ano.

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