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“Não se pode concorrer a certos cargos para atirar responsabilidades aos outros”

As pessoas não podem concorrer para certos cargos para depois atirarem as responsabilidades para os outros. Quem o diz é o Secretário de Estado do Desporto, Gilberto Mendes reagindo à participação de Moçambique no torneio de pré-qualificação para o Mundial de basquetebol, cuja fase final vai ter lugar na Alemanha, em 2026.

Três derrotas contra o anfitrião México (65-71), Montenegro (52-74) e Nova Zelândia (63-79) é o saldo da participação moçambicana na competição. A ida das “Samurais” ao México chegou a estar tremida devido a problemas logísticos realacionados com o pagamento das passagens. A delegação nacional chegou ao local da prova no próprio dia em que tinha jogo diante da selecção mexicana, não tendo, por isso, tempo para descanso.

Reagindo ao assunto, o Secretário de Estado do Desporto entende que a imagem do país saiu beliscada em função de tudo que esteve à volta da viagem do combinado nacional. Gilberto Mendes lança duras críticas à gestão da Federação Moçambicana de Basquetebol (FMb).

“Não podemos toda a hora estar à espera de concorrermos para determinados cargos e depois passarmos as responsabilidades para os outros. Nós temos uma federação que é responsável pelo basquetebol e por tudo o que acontece na modalidade, sucessos e insucessos. As falhas devem ser assumidas pela entidade que rege a modalidade”, anota Gilberto Mendes.

Nesse sentido, o dirigente aponta o caminho que deve ser seguido para reverter o cenário.

“O meu apelo é que a federação comece a preparar-se atempadamente para que não aconteçam os mesmos erros que se verificarar agora. Não é bom para o nosso país”.

Em relação à prestação da selecção nacional, o dirigente considera que as jogadoras mostraram que têm capacidades para fazer melhor.

“Se houver uma melhor planificação e organização é possível conseguir melhores resultados. Esse “desaguisado” que houve por não se saber quem é que iria pagar as passagens e quando é que a selecção iria viajar, não foi benéfico para a moral das atletas”, anota o dirigente, que apesar dessas dificuldades, entende que as “Samurais” tiveram uma boa prestação contra o México.

“Acho que poderiam ter feito melhor contra o Montenegro e mesmo contra a Nova Zelândia. É preciso acarinhar esta selecção, pois tem nos dado muitas alegrias”, disse. A selecção nacional ainda tem mais uma janela de qualificação para o Campeonato do Mundo.

Recorde-se que na altura, a Federação Moçambicana de Basquetebol disse que submeeteu uma carta à Secretaria de Estado do Desporto, através do Fundo de Promoção Desportiva (FPD) a solicitar o apoio para viabilizar a viagem da selecção nacional.

Sucede que, segundo explicou Paulo Mazivila, não teve uma resposta favorável. A FMB necessitava de 200 mil dólares, equivalente a 12 milhões de meticais. A viagem só aconteceu graças à intervenção da FIBA, que disponibilizou o valor das passagens.

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