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Não se observam integralmente medidas de prevenção contra o COVID-19 nos transportes de passageiros

Depois do anúncio do primeiro caso do COVID-19 em Moçambique, o Jornal "O País" saiu à rua, para ver como é que as medidas de prevenção estão a ser observadas no sector de transporte de passageiros.

O comboio acabava de irromper pela estacão central dos CFM, na Cidade de Maputo, vindo de Ressano Garcia. Muitas pessoas desembarcam. Albina Luís conta ao "O País" que não há nas locomotivas medidas de prevenção. "Até ao momento não está a implementar medidas de prevenção".

Entretanto, junto à bilheteira e outros locais da estacão central dos CFM há gel desinfetante e alguns pontos para a lavagem das mãos para os passageiros que embarcam e desembarcam nas locomotivas.

Esta segunda-feira, no terminal rodoviário de Zimpeto, havia muitos passageiros em fila e outros dentro dos autocarros onde não se observava o mínimo da lotação incluindo medidas de prevenção. Com os autocarros superlotados era notória falta de arejamento, os "minibuses" de 15 lugares careciam de espaço para respirar incluindo os carros de caixa aberta, vulgo my loves. Os passageiros clamavam pela segurança para sua saúde.

Os passageiros em fila não observam o mínimo de um metro de distanciamento. São milhares de pessoas que frequentam este terminal que até ao momento não possui água para a lavagem das mãos e não tem disponível desinfetante para os passageiros. E a criatividade individual tem sido a arma contra o coronavírus. Irene Domingos leva gel desinfetante na bolsa e conta que regularmente vai aplicando nas mãos para se precaver.

Os motoristas e cobradores estão cientes dos riscos que incorrem por conta sua exposição. Sabemos do risco, mas não temos agua e sabão, não temos desinfetante. Mas vamos procurar uma saída disse um dos motoristas que foi entrevistado pelo "O País"

E para contornar as superlotações já há uma medida em curso por parte de algumas empresas de transporte. Uma das fiscais presentes no terminal deu a conhecer que os autocarros só saem com o máximo de 50 passageiros e todos eles sentados.

Mesmo com essas medidas, o que se vê na prática são autocarros que circulam com gente em pé, sem mínimas condições de higienização dos passageiros, cobradores, incluindo próprios motoristas.

 

 

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