O Ministério do Género, Criança e Acção Social afirmou, esta terça-feira, que ainda não foram detectados casos positivos da COVID-19 nas escolinhas do país desde a eclosão da pandemia e diz que a suspensão de aulas vai evitar o alastramento do vírus no país, em geral, e nos centros infantis, em particular.
A pandemia da COVID-19 volta a impedir que as crianças frequentem as escolinhas. Em menos de dois meses após a última autorização para reabrir, os centros infantis foram encerrados por conta da pandemia que a cada dia se mostra mais agressiva, desde princípio de Julho corrente.
“Só na segunda-feira o Ministério da Saúde confirmou-nos que 53 crianças menores de cinco anos testaram positivo no país. Então, em forma de avaliação, concordo com a medida tomada por sua excelência Presidente da República, Filipe Nyusi. Acreditamos que, com a suspensão de actividades nos centros infantis, evitamos o pior”, disse Angélica Madia, directora nacional da criança.
Segundo Angélica Magaia, desde que a COVID-19 eclodiu em Moçambique, mais de duas mil crianças testaram positivo, porém nenhuma instituição de ensino pré-escolar reportou infecções que tenham ocorrido internamente.
“Não sabemos dizer se nesse número de crianças que testaram positivo quantas frequentavam a escolinha, mas o facto é que nenhuma instituição reportou infecções internas”, acrescentou Magaia.
O Ministério do Género, Criança e Acção Social diz que está, neste momento, a trabalhar no sentido de assistir as famílias com crianças em casa, de modo a garantir que elas não percam as actividades essenciais no âmbito da sua aprendizagem.
“Desenhámos uma rotina diária, os educandos vão poder praticar as mesmas actividades que tinham nos centros infantis a partir de casa. Já entrámos em contacto com algumas famílias que têm crianças com necessidade de desenvolver algumas necessidades e estamos a prestar assistência para que as suas crianças não fiquem sem as actividades essenciais”, informou a directora.
Por conta do aumento da pandemia da COVID-19 no país, com as escolas afectadas sobremaneira nesta terceira vaga, pairam dúvidas sobre a retoma de aulas no ensino pré-escolar ainda este ano.