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Namoto Chipande diz ter havido inviabilização da sua candidatura na FMF

A lista de Namoto Chipande diz que houve manobras dilatórias para inviabilizar a sua candidatura à presidência da Federação Moçambicana de Futebol. Entende ainda que lhe foi vedada a possibilidade de concorrer em pé de igualdade com o actual presidente da FMF, Feizal Sidat

As eleições na Federação Moçambicana de Futebol continuam na ordem do dia, mesmo depois da tomada de posse do elenco ora vencedor, esta quinta-feira.

A lista de candidatura de Namoto Chipande ainda não se conforma com o que aconteceu no antes e durante as eleições e continua a reivindicar. Esta quinta-feira, a lista da Namoto Chipande chamou a imprensa para explicar o que esteve por detrás do abandono nas eleições.

O representante da lista, Edson Ussaca, explicou que Namoto Chipande não concorreu em pé de igualdade com o actual presidente da FMF, Feizal Sidat. “Foi, desde o primeiro minuto, nossa vontade participar no pleito eleitoral, mas foi-nos vedada a possibilidade de concorrer em pé de igualdade com o actual presidente da Federação Moçambicana de Futebol, porque este processo decorreu dentro de um autêntico secretismo”, referiu Ussaca.

Aliás, a lista de Chipande diz que este secretismo foi muito devido ao momento que se vivia no país, onde a questão das eleições autárquicas estava a ser badalada e “porque todo o mundo estava ligado ao processo eleitoral, tendo em conta que muitos temos filiações partidárias, aproveitaram disso para nos deixar para trás”, acrescentou Ussaca.

O mandatário da lista diz ainda que o processo esteve enfermo de vícios. “Tentámos submeter aquilo que era a nossa candidatura e, logo a priori, optámos por irmos pedir o adiamento das eleições. Começámos por submeter o nosso requerimento de candidatura que foi várias vezes devolvido numa manobra dilatória para que não tivéssemos tempo sequer de dialogar com o nosso eleitorado”, disse.

Eleitorado, para a lista, são as associações  e os clubes, que consideram serem os “principais beneficiários e donos deste processo”.
Diante dessa situação, a lista de Chipande teve de accionar outros mecanismos de modo a salvaguardar os seus direitos, uma vez que, para eles, “fomos a um pleito ou a um suposto pleito arrastados pelo presidente da mesa da Assembleia Geral”.

Afinal, houve troca de correspondência entre a lista de candidatura e o Secretário  Geral da FMF, mas “quando nos apercebemos que se tratava de uma manobra dilatória com vista a bloquear a nossa candidatura, acabámos recorrendo à FIFA e fizemos uma exposição. A FIFA fez uma vídeo-conferência com os responsáveis da Federação Moçambicana de Futebol, uma semana antes das eleições, a recomendar que fosse desbloqueado todo o processo que impedia a candidatura de Namoto Chipande”, explicou.

Lamentam que o processo tenha sido gerido de forma tendenciosa e, por isso, assumem: “o senhor Namoto Chipande e a sua equipa teriam retirado a sua candidatura, porque não estavam reunidas as condições para que fóssemos ao pleito eleitoral da Federação Moçambicana de Futebol”.
A lista de Chipande garante que vai continuar a lutar junto das instâncias superiores do futebol, tendo em conta a exposição das suas inquietações.

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