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Nações Unidas saúdam encerramento da desmilitarização em Moçambique

O Secretário-Geral das Nações Unidas classifica o encerramento da fase de desarmamento no quadro do DDR. António Guterres recebeu, em audiência, o Presidente da República. Filipe Nyusi discursa na noite desta terça-feira, madrugada de quarta-feira em Moçambique, na Assembleia Geral da ONU.

António Guterres e Filipe Nyusi sentaram-se na sede das Nações Unidas para abordar a relação entre Moçambique e a ONU, numa audiência concedida pelo líder máximo da organização internacional ao Chefe de Estado moçambicano.

O encontro decorreu à porta fechada e, no fim, as Nações Unidas emitiram um comunicado, referindo que “o Secretário-Geral elogiou o Governo e o povo de Moçambique pela conclusão bem-sucedida da fase de desarmamento e desmobilização no âmbito do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional de 2019”.

O desarmamento da Renamo foi fechado oficialmente em Junho deste ano com o encerramento da última base militar da Renamo e a entrada simbólica da última arma que estava na posse do partido das mãos do Presidente do partido, Ossufo Momade, ao Presidente da República, Filipe Nyusi. Neste momento está em curso a entrega da documentação necessária, pelos antigos guerrilheiros para o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.

O Secretário-Geral da ONU e o Presidente da República afirmam que as Nações Unidas discutiram ainda os desafios da paz e do desenvolvimento no país.

Ainda na segunda-feira, houve espaço para conversações entre o Presidente moçambicano e a Directora de Operações do Banco Mundial, um dos maiores parceiros de desenvolvimento de Moçambique. A directora de Operações da instituição de Breeton Woods, Anna Bjerde, assegurou que o Banco Mundial continua comprometido em apoiar projectos de desenvolvimento em Moçambique.

“Passamos em revista várias áreas em que trabalhámos juntos e essas áreas estão relacionadas com a construção de resiliência, devido às mudanças climáticas, construção de infra-estruturas e expansão de serviços”, disse a dirigente do Banco de Desenvolvimento, que também saudou a atenção que o país tem estado a dar a sectores como educação e saúde.

“Estimei bastante ouvir de Sua Excelência sobre o foco que está a ser dado à educação e à saúde em Moçambique, duas áreas que consideramos muito importantes para o desenvolvimento.”

O QUE ESPERAR DO DISCURSO DE NYUSI NAS NAÇÕES UNIDAS

O Presidente moçambicano está entre os mais de 150 Chefes de Estado e de Governo que vão intervir na Assembleia Geral da ONU. Tal como tem defendido no Conselho de Segurança das Nações Unidas, Moçambique poderá advogar perante a audiência da Assembleia Geral a solução pacífica de conflitos, através do diálogo, combate aos golpes de Estado, com destaque para o continente africano, onde se têm tornado sucessivos.

Na lista, não poderá faltar a agenda das mudanças climáticas, dada a vulnerabilidade do país a esses fenómenos, que se manifesta pelos sucessivos ciclones.

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