Trinta e cinco militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique estão a ser formados, desde esta segunda-feira, em Direitos Humanos. A formação está a ser suportada pelas Nações Unidas.
O papel das Forças Armadas na protecção dos direitos humanos é um dos temas que serão leccionados aos militares, no contexto do combate ao terrorismo em alguns distritos de Cabo Delgado. O brigadeiro Anastácio Barassa, director nacional de Política de Defesa, vincou a importância da formação no âmbito da actuação dos militares.
“Sintimo-nos bem no capítulo dos Direitos Humanos, sobretudo com esta alavanca de formação. Portanto, podemos ter percepções diferentes, mas a formação vem dar um grande contributo para o bem olhar dos direitos humanos.”
A coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique, Ana Cristina Gil, destaca a presença de Moçambique como membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas como uma plataforma para a promoção da paz.
“Moçambique, como sabemos, é um membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e, por isso, tem uma responsabilidade acrescida para o respeito e protecção dos direitos humanos, como fundamento da paz e da segurança, tanto no fórum nacional como no internacional. Sabemos que as forças armadas têm um papel crucial a desempenhar no combate directo às ameaças à paz, e são responsáveis pela protecção e salvaguarda da população.”
A formação dos militares formadores tem a duração de cinco dias.