O presidente da Comissão de Gestão da União Desportiva do Songo, Lucas Gune, garante a continuidade de Nacir Armando no comando técnico dos campeões nacionais. Para atacar as afrotaças na época transitória, os hidroeléctricos asseguraram os préstimos de Telinho e Ifren, internacionais moçambicanos que evoluem na Liga Desportiva, e Amarachi, nigeriano.
Alguns atletas menos utilizados esta temporada, disse Gune, serão dispensados ou emprestados a outras colectividades.
A União Desportiva de Songo diz estar preparada para fazer um bom papel nas eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, até pela experiência adquirida esta temporada.
O “caldeirão do Chiveve” deverá ser, tal como esta temporada, a “casa” da União Desportiva do Songo nas “Afrotaças” porquanto o Estádio 27 de Novembro não reúne os requisitos exigidos pela Confederação Africana de Futebol para acolher jogos sob a sua égide.
Numa época atípica, até pela realização de muitos jogos quer nas competições africanas quer nas internas assim como viagens desgastantes, a UD Songo revalida o título após ter “roubado” a liderança ao Ferroviário de Maputo. De resto, Lucas Gune diz que os “locomotivas” da capital valorizaram este troféu.
O Moçambola 2018 terminou, sábado, com a consagração da União Desportiva do Songo como campeã nacional. Este foi o segundo título consecutivo para a UD Songo, numa temporada extremamente difícil em que teve uma carga de jogos e viagens desgastantes. Onde buscaram forças para dar volta as adversidades e conquistar o título?
Em primeiro lugar, gostaria de saudar todas as equipas que participaram no Moçambola 2018, sobretudo, o Ferroviário de Maputo pela competitividade criada durante a prova. Isso dá um outro sabor a nossa conquista. Relativamente ao desempenho da União Desportiva do Songo, concretamente nesta temporada, fazemos um balanço positivo.
Digo isto devido a oportunidade que a equipa, dirigentes e toda a massa associativa que a União Desportiva do Songo teve de experimentar novas situações, nomeadamente participar nas “Afrotaças. No cômputo geral, foi uma temporada positiva. Conseguimos conquistar o Moçambola. Tivemos uma participação aceitável nas Afrotaças onde ganhamos três jogos e perdemos igual número.
Em algum momento, a distância pontual entre a União Desportiva do Songo e o Ferroviário de Maputo era muito grande. A equipa ressentiu-se, claramente, do cenário em que era obrigada a fazer dois jogos em tão curto espaço de tempo e depois de viagens desgastantes…
Felizmente, dada a situação e o historial de participação das equipas moçambicanas nestas provas, estávamos alertados sobre o que podia iria acontecer. O que fizemos foi tentar implementar medidas e traçar estratégias para minimizar algumas contrariedades. Claramente que não foi fácil. Neste particular, há que parabenizar os atletas. Houve alturas em que tiveram que fazer jogos com pouco tempo de recuperação. Os atletas foi determinante. A vontades destes atletas foi determinante para conquistarmos o Moçambola 2018.
A meio da temporada, registou-se uma “chicotada psicológica” com o afastamento de Chiquinho Conde e Victor Manyamba, seu adjunto, e a entrada do Nacir Armando. Como é que foram geridos os momentos de crise e até que ponto estas mexidas trouxeram tranquilidade a equipa?
Felizmente, digamos, havia uma base para continuarmos a trabalhar. É verdade que as mudanças, a meio da época, não são tão boas particularmente para os atletas. Felizmente, com a base que havia, foi possivel alavancar a equipa. Felizmente, foi possível transformar aquele momento de crise e os atletas brilharam. Estão de parabéns pela entrega.
Telinho, Infren e Amarachi na UD Songo
Como é que a União Desportiva do Songo está a preparar a sua participação nas Afrotaças 2019?
Já aprendemos a lição aprendida. Já informarmos e temos estado a mentalizar aos atletas que vão ter muito mais jogos na próxima temporada. Temos estado a dizer aos atletas que é um grande desafio para eles. Temos estado a preparar e planear a temporada convenientemente para que tenhamos sucesso.
Há um ditado que diz: “em equipa que ganha não se mexe”. Este será caso de Nacir Armando, treinador da UD Songo?
Penso que sim. A equipa base deve-se manter. O treinador deve-se manter. Vamos procurar reforçar. Nestas situações, naturalmente, há alguns atletas menos utilizados podem sair.
Quer com isto dizer que Nacir Armando vai continuar como treinador da UD Songo?
Sim, deverá continuar na equipa.
Em termos de reforços, quais os que estão confirmados até o momento?
Temos três reforços, neste momento, sendo dois atletas nacionais e um estrangeiro. A Liga Desportiva de Maputo cedeu-nos, gentilmente, dois atletas, nomeadamente o Telinho e o Infren. Temos um atleta estrangeiro que tem nome no futebol moçambicano. Estou a falar do Amarachi. São jogadores que nos dão garantias se olharmos também para a actual estrutura do nosso plantel.