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Na meca do hóquei, houve muita Angola para pouco Moçambique

Foto: FMP

Moçambique perdeu, ontem, com Angola por 5-2 em jogo da primeira jornada do grupo A do Campeonato do Mundo de hóquei em patins, prova que decorre na Argentina. A selecção nacional volta a jogar esta noite diante da Espanha.

O hino “Pátria Amada” voltou a ecoar num dos maiores palcos do mundo, o estádio Aldo Cantoni, em San Juan, considerada meca do hóquei em patins mundial. San Juan é, aliás, descrita como “A Cuna del Hockey” – o Berço do Hóquei.

Momento de arrepiar, motivo para inspirar qualquer hoquista. Jorge Oliveira, seleccionador nacional, tal como se esperava, apostou num cinco constituído pelos atletas que evoluem em terras lusas: Igor Alves, Bruno Pinto, Renato Castanheira, Filipe Vaz e Mário “Marinho” Rodrigues.

Justificava-se, claramente, até porque são atletas mais rotinados quando comparados aos que evoluem internamente que já não competem há cerca de dois anos, mesmo depois da autorização das autoridades desportivas no quadro do alívio das medidas de prevenção da COVID-19.

No “rink”, Angola posicionou-se desde cedo com um bloco mais avançado, contrastando com os moçambicanos com uma postura mais defensiva.

A explorar as zonas interiores da pista, os angolanos chegaram a vantagem com golo do capitão André Centeno. 1-0 a premiar um conjunto mais ousado e atrevido.

Com recuperações defensivas, Angola partia em contra ataques e Humberto Mendes, na zona central, bateu Igor Vaz.

O jogo ganhava contornos de goleada, confirmado por Filipe Bernardino com uma stickada que selou o 3-0.

Apático, e sem capacidade de resposta, os moçambicanos viram Humberto Mendes fazer o 4-0. O pior ainda estava por vir: na segunda parte, João Pinto avolumou o resultado, colocando Angola a vencer por 5-0.

Mário Rodrigues, o mais inconformado, reduziu para 5-1. E ainda teve tempo para fazer o segundo, já perto do fim do jogo. Segue-se, esta noite, a Espanha, terceira classificada da última edição do Mundial de hóquei em patins realizada em Barcelona. Os espanhóis partiram para esta competição na condição de campeões europeus.

E atenção aos moçambicanos: no Aldo Cantoni, palco do Mundial de hóquei na edição 2022, os espanhóis fizeram história ao conquistarem quatro títulos mundiais neste recinto nos anos de 1970, 89, 2001 e 2011. Facto curioso é que o actual seleccionador nacional da Espanha, Guillem Cabestany Vives, de 46 anos, levou os espanhóis à conquista do título em 2001.

 

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