O Presidente da República convidou os empresários da Itália e de países africanos a olharem para Moçambique como um país com potencial para investimento, cooperação e trabalho colectivo.
Filipe Nyusi falava no fim da sua visita de trabalho àquele país, em resposta ao convite formulado pela Primeira-Ministra da República Italiana, Giorgia Meloni.
Fazendo balanço, o Chefe do Estado considerou que a visita foi positiva, em particular porque a Itália levou à “Cimeira Itália-África”, sobre o lema “Itália-África: Uma Ponte para o Crescimento Comum”, esta segunda-feira, diversas instituições multilaterais na área de finanças como Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, a União Europeia, entre outras.
Ao Presidente da Itália, Sergio Mattarella, Moçambique mostrou a sua satisfação com a cooperação entre os dois países.
“Partilhámos a situação política-económica do país” e Sergio Mattarella mostrou “interessado no processo da paz interna, o DDR, e demos informações sobre o terrorismo”, bem como sobre os países que apoiam, explicou Filipe Nyusi.
“Saudámos, também, a persitência da Itália em cooperar com Moçambique, incluindo em tempos difíceis”. E foi abordada a necessidade de haver mais cooperação nos sectores de educação, abastecimento de água e energia. De acordo com o Chefe do Estado, trata-se de algumas áreas nas quais Moçambique tem forte potencial.
Ainda na Itália, Filipe Nyusi, concedeu uma audiência à directora-executiva do Programa Mundial de Alimentação (PMA), Cindy
McCain. No encontro, as partes celebraram a cooperação que dura há 44 anos.
Segundo Nyusi, discutiu-se a necessidade de empoderar as comunidades para produzir alimentos para a sua sobrevivência.
Cindy McCain disse que o Programa Mundial de Alimentação está orgulhoso por apoiar Moçambique, não só em termos de assistência humanitária ou alimentar, mas também na criação de resiliência nas pessoas, para que tenham capacidade de sobrevivência em caso de desastres naturais.
“Nós temos estado a trabalhar intensamente, sobretudo na previsão para que possamos saber onde é que” os desastres naturais “irão afectar mais”, de modo a “colocarmos os alimentos e todos os meios de apoio. Neste aspecto, o Governo de Moçambique tem sido muito colaborativo”, disse Cindy McCain.
Além de participar na Cimeira Itália-África, Nyusi manteve encontro com a a primeira-ministra italiana, Georgia Meloni.
A Itália tem grandes investimentos em Moçambique, sobretudo na área de hidrocarbonetos, através da multinacional ENI, que explora o gás natural liquefeito, na Bacia do Rovuma, em Cabo Delegado.