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Município de Maputo reconhece fracasso na organização da venda informal

Foto: O País

Está a fracassar a organização da venda informal na Cidade de Maputo, campanha iniciada há dois anos, liderada pelo presidente do Município, Eneas Comiche, cujo objectivo era retirar os vendedores dos locais impróprios para os mercados formais.

Em Março de 2020, os vendedores informais foram escorraçados dos seus pontos de venda nas ruas e passeios. Depois, foram-lhes indicadas bancas nos mercados, mas não as ocuparam e voltam a vender onde foram obrigados a sair. Sobre este assunto, o próprio Município de Maputo reconhece o fracasso da sua iniciativa.

“Sim, na verdade está a fracassar, porque as pessoas com as quais estamos a trabalhar não colaboram. Houve um momento em que tivemos um aparente sucesso, a cidade estava desobstruída, não havia ocupação de passeios, não sei se foi porque a COVID-19 estava no seu ponto mais alto e isso assustou os próprios vendedores, mas, de um momento para cá, a situação voltou ao cenário anterior”, reconhece o porta-voz que diz não saber por que os munícipes tendem a voltar às ruas: “não sei se eles pensam que é normal que a cidade esteja assim”.

Silva Magaia culpa os vendedores que vêm de fora da Cidade de Maputo. “A leitura que fazemos é que estamos a ter muita gente a vir de fora da cidade e vem desorganizar aquilo que os próprios vendedores informais já haviam feito. Portanto, vamos continuar a trabalhar e a fazer esforço de discipliná-los”, disse, tendo acrescentado que a Polícia Municipal voltará a usar a força para repor a ordem.

“A Polícia Municipal já voltou à carga, houve um momento em que não precisava de estar na rua e agora está permanentemente lá a tentar recuperar aquilo a que assistimos nos finais de 2020 e princípio de 2021”, avançou.

Refira-se que todos os mercados apontados pela edilidade para serem ocupados já foram abandonados.

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