A Vila de Búzi foi uma das que severamente foi afectada pelas cheias e ciclone Idai. No meio dos desastres houve mulheres que deram o parto e encontramos naquela vila a parteira que os assistiu e conta-nos como foi.
Mas em momento algum as chapas da maternidade caíram. Aliás é dos poucos lugares do Hospital de Búzi que não ficou danificado. Quando vieram as cheias os partos não pararam e Dona Luísa teve de fazê-los, mesmo tendo sua casa e sua família a lutar para se salvar.
Com a ajuda da parteira e uma enfermeira a equipa jornal O País foi a procura das parturientes mas só conseguiu o contacto da mulher que deu à luz no dia do ciclone.
A equipa ficou a saber que se transferiram para Beira e só conseguiu localizar o pai do bebé que por sua vez informou que a sua esposa e outros dois filhos estavam em Gondola em casa dos seus pais. E lá a equipa conseguiu localizar a mãe e a bebé. Ela contou que para além do parto no meio do ciclone, teve depois que enfrentar as cheias.
Ficou três dias no tecto de uma casa e debaixo de muita chuva com o bebé sem roupa, porque isso, a recém-nascida está com problemas respiratórios.
O pai da bebé que estava de trabalho na Beira não consegue imaginar o que teria acontecido à sua família se Deus não os tivesse protegido. E agora não sabe por onde começar porque perderam tudo.
O bebé não tem nome, mas sugestões não faltam. Tal como Querida, Rabeca também deu parto debaixo de muita chuva num edifício cujo tecto foi levado pelo vento: