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“Mr President” já tem novo colar

O Elefante “Mr. President” foi imobilizado na terça-feira, perto da aldeia de Mussoma na Reserva Especial do Niassa, no âmbito da segunda fase da colocação de colares aos elefantes da Reserva Especial do Niassa.

“O elefante ‘Mr President’ estava acompanhado de oito elefantes machos, e encontrava-se em excelente condição física. Dada a proximidade da operação a um pequeno povoado, cerca de 50 crianças juntaram-se para a colocação da coleira e puderam tocar no animal, fazer perguntas e experienciar, em primeira mão, a sensação se estar junto de um elefante adulto sem este constituir uma ameaça”, refere um comunicado da Administração Nacional das Áreas de Conservação, do Ministério da Terra e Ambiente.

No documento, a instituição refere que, após 22 minutos de procedimento as crianças foram afastadas e o antidoto foi administrado por via intravenosa. O animal levantou-se um minuto depois e seguiu o seu caminho.

No passado Dia Mundial do Fiscal, 31 de Julho de 2021, o Presidente da República, Filipe Nyusi e a sua esposa participaram na operação de troca de coleiras de monitoramento via satélite, cujo objectivo era a troca do colar do Elefante “Mr President”, que lhe tinha sido colocado em 2018. Entretanto, tal não aconteceu porquanto o paquiderme conseguiu esquivar-se pela mata fechada da Reserva Especial do Niassa.

Nessa altura, Filipe Nyusi e a equipa técnica da operação de troca de colares tomaram a decisão de colocar a coleira noutro elefante, tenso sido baptizado com o nome “The Gentleman”.

Actualmente, decorre a segunda fase de colação de colares e foi nesse âmbito que a equipa técnica e as comunidades testemunharam a colocação do novo colar no Elefante “Mr. President”, referem as autoridades, esclarecendo que “cada colar tem uma vida útil de dois anos e fornece oito leituras de posição ao dia”.

A operação de colocação de coleiras na Reserva Especial do Niassa está sendo coordenada pela ANAC em parceira com a Associação Moçambicana para a Conservação da Fauna (Mozambique Wildlife Alliance – MWA) e financiada pela Wildlife Conservation Society (WCS).

Segundo a Administração Nacional das Áreas de Conservação, do Ministério da Terra e Ambiente, a colocação de colares de monitoramento via satélite é “uma das intervenções tecnológicas introduzidas nossas áreas de conservação para controlo dos movimentos de animais e dos Elefantes, em particular, permitindo conhecer o seu habitat, dispersão, seus movimentos sazonais e factores determinantes desses mesmos movimentos, incluindo até preferências alimentares o que possibilita planificar melhor o esforço de fiscalização bem como prevenir o conflito homem-animal”.

A Reserva Especial do Niassa possui cerca de 42 mil quilómetros quadrados e abrange oito distritos dentre estes seis do Niassa e dois da vizinha Província de Cabo Delgado.

As áreas de conservação em Moçambique ocupam cerca de 25 por cento do território nacional e a rede nacional das áreas de conservação é formada por nove parques nacionais, quatro reservas, duas áreas de protecção ambiental, cerca de 50 fazendas do bravio e cerca de 40 coutadas oficiais e três áreas de conservação comunitária.

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