Subiu de 47 para 90 o número de corpos identificados em valas comuns, em uma igreja no Quénia, que incentivava os crentes a jejuarem até à morte. Há, entretanto, 34 crentes encontrados com vida.
Os dados foram actualizados pelas autoridades, nesta terça-feira. Os mortos, encontrados em valas comuns, no norte do Quénia, faziam parte da Igreja Internacional da Boa Nova.
De acordo com as investigações, o fundador da igreja incentivou os seguidores a fazerem um jejum extremo, justificando ser a via para encontrar Jesus Cristo.
O religioso foi preso, mas alguns crentes da igreja estão escondidos, a cumprir o jejum, segundo a Polícia.
A Cruz Vermelha no Quénia começou a trabalhar para tentar localizar mais de 210 pessoas dadas como desaparecidas, entre elas 112 crianças.
O Presidente do Quénia disse que as mortes ligadas à seita são semelhantes ao terrorismo e prometeu endurecer as acções contra os cultos, que deturpam a religião.
De acordo com a imprensa local, o líder da seita, Paul Makenzie Nthenge, foi detido a 14 de Abril, depois de duas crianças terem morrido à fome quando, sob responsabilidade dos pais, também foram submetidas a jejum. Nthenge veio a pagar caução, teve liberdade condicional, mas voltou às celas na sequência das novas mortes, cujo número tende a crescer.