A presidente do município da cidade de Chókwè, província de Gaza, Lídia Frederico Cossa Camela, perdeu a vida este sábado, vítima de doença.
Lídia Cossa não resistiu a um mal-estar que fez com que fosse levada ao hospital.
A malograda chegou à presidência do município de Chókwè em 2013, eleita pela Frelimo, partido pelo qual renovou o mandato nas autárquicas de 2018.
A edil da chamada capital económica de Gaza era carinhosamente tratada por professora Lídia. Docente de profissão e formada em Sociologia pela Universidade Aberta de Lisboa, Lídia Cossa tinha um longo percurso cheio de afinidades com a política, desde os tempos de escola.
Numa entrevista que concedeu ao “Notícias”, em 2014, pouco depois da sua eleição nas autárquicas de 2013, a professora Lídia dissera que integrou grupos culturais e “o seu forte era a poesia e o teatro, ao mesmo tempo que se juntou ao frenético movimento juvenil da década de 1980”.
À data da entrevista a que “O País” teve acesso, a edil era “casada e mãe de dois filhos, empreendedora associada ao marido na área de reparação e manutenção de viaturas”.
A sua experiência de vida, segundo disse ao “Notícias”, passou ainda pela hidráulica agrícola e pelo exercício de funções na antiga empresa LOMACO, onde trabalhou como relatora de contas no sector do aprovisionamento, para além dos vários anos de exercício como professora de História.
A sua entrada para a arena política, de acordo com Lídia Cossa, foi muito influenciada pelos pais, que a levaria para a uma trajectória marcada pela sua participação, não só na Organização da Juventude Moçambicana (OJM), como também na Organização da Mulher Moçambicana (OMM).
Lídia Cossa foi secretária da Assembleia Municipal da Cidade de Chókwè.
Segundo a fonte consultada pelo “O País”, a paixão de Lídia Cossa pela política nunca esteve dissociada do prazer de desenvolver a actividade desportiva, especialmente o basquetebol e andebol, modalidades que a levaram, por diversas ocasiões, a representar a província de Gaza, em várias competições.