O juiz Carlos Mondlane foi eleito por unanimidade e aclamação para dirigir por três anos a União Internacional dos Juízes da Língua Portuguesa (UIJLP), um órgão que desde a sua criação em 2010, nunca teve um africano como presidente.
O órgão cujo tem como principal objectivo a promoção de um judiciário independente no mundo lusófono, é integrado pelas associações de juízes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tome e Príncipe e Timor Leste.
A eleição de Mondlane quebra a rotativa presidência que calhava entre representantes do Brasil e Portugal, e trás para o continente africano o anfitrião das atenções no judiciário entre os países falantes da Língua Portuguesa.
“Estamos de parabéns nós os juízes moçambicanos por mostrar que afinal somos capazes de ombrear com o que de melhor há no mudo. Naturalmente estou satisfeito. Antes de ser um motivo de orgulho, é também, um reconhecimento, não somente a Moçambique, mas ao continente africano em geral”, declarou Mondlane ao “O País”.
A eleição do juiz Carlos Mondlane a Presidente da UIJLP teve lugar na última sexta-feira, em Bissau, capital Guineense.
