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“Moçambola não pode parar, temos que encontrar um modelo adequado ao país”

As taxas de combustível, o principal nó de estrangulamento do Moçambola, foram o “leit motiv” do encontro de emergência realizado este sábado entre o Governo, Liga Moçambicana de Futebol, Federação Moçambicana de Futebol e alguns agentes ligados ao movimento associativo desportivo.

Havia, neste encontro havido no Ministério da Juventude e Desporto (MJD), a perspectiva de se olhar objectivamente para os elementos que podem “forçar” a interrupção da prova assim como apontar soluções para que tal não aconteça.

Foram traçados vários caminhos, com alguns desencontros, mas no final houve um consenso: o Moçambola 2018 não pode parar!
Aliás, foi este o sentimento deixado ficar ao “O País” e Stv pela da vice-ministra da Juventude e Desportos, Ana Flávia Azinheira, no final do referido encontro. “O Moçambola não pode parar. Temos que encontrar soluções para esta época e, naturalmente, de longo prazo. Temos que encontrar modelos mais sustentáveis que possam garantir a sustentabilidade desta prova”, disse Azinheira.

Durante a Assembleia-geral da Liga Moçambicana de Futebol, em 2017, a direcção desta agremiação sugeriu um novo figurino da prova porque o actual (ndr: envolvendo dezasseis equipas que se batem num sistema de todos contra todos em duas voltas) não é sustentável.

Sobre este aspecto, a vice-ministra da Juventude e Desporto foi clara: “O mais importante é que já ficou claro tanto para a Liga Moçambicana de Futebol quanto para a Federação Moçambicana de Futebol que é preciso encontrar um modelo sustentável de realização desta prova. É preciso tornar o Moçambola mais leve, tendo em conta a realidade do país. É preciso encontrar um modelo adequado ao país. Portanto, isto está claro para os gestores do Moçambola”, clarificou.

E acrescentou: "Há uma comparação entre o modelo actual e sustentabilidade. Portanto, há que haver uma coerência. É importante nós encontrarmos um formato em que todas as equipas competem, há uma prova regular, nós atingimos os nossos objectivos mas num modelo sustentável. Há vários modelos que podem ser sustentáveis incorporados a esta questão de unidade nacional e envolvimento de todas as equipas".  

Com seis jornadas já disputadas, clubes com compromissos de pagamentos de salários e a selecção nacional com os olhos postos no Torneio da COSAFA e eliminatórias para o CAN-2019, nos Camarões, há que salvaguardar o Moçambola 2018 para que o futebol moçambicano não saia prejudicado. “O mais importante é pensarmos na época que já iniciou. É de todo interesse nosso salvaguardar as questões inerentes ao Moçambola deste ano. O Moçambola é do povo. O Moçambola não pode parar. Temos que encontrar soluções para esta época e, naturalmente, de longo prazo. Temos que encontrar modelos mais sustentáveis que possam garantir a sustentabilidade desta prova”, frisou a “vice”.

PASSOS DADOS
Questionada se haviam passos concretos a serem dados para que a prova seja viável, a vice-ministra da Juventude e Desporto respondeu positivamente. E disse mais: “não é a primeira vez que nós reunimos com este grupo. Já no ano passado, a Liga Moçambicana de Futebol apresentava a mesma dificuldade dai que nós orientámos esta agremiação a fazer o melhor trabalho no sentido de criar as condições antes do arranque do Moçambola".

Dificuldades, essas, que continuam. E que forçaram a LMF a anunciar a paralisação da prova a partir da sétima jornada. “No início desta época, quando arrancou o Moçambola nós pensamos que eles tivessem conforto necessário para que a prova fosse até o fim. Naturalmente, depois da prova ter arrancado, a Liga Moçambicana de Futebol manifestou as dificuldades que tinha e nos reunimo-nos há dois meses atrás para fazer o mesmo trabalho, ou seja, tentar perceber o que se estava a passar. E, percebemos qua na sua planificação para esta época algo não estava muito bem", precisou.

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