A Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) assegura que em caso da ocorrência da tempestade Chalane a cidade da Beira e outros cantos do país não terão problemas de disponibilidade de combustíveis.
A possível chegada da tempestade Chalane à Beira colocou a cidade e o país em alerta. Mas essa preocupação não é nem deve ser do sector dos combustíveis, assegura a IMOPETRO. “Ainda que o impacto seja severo, nós temos aqui uma margem de 20 dias com os combustíveis, quer gasóleo, gasolina e o gás de cozinha”, garante João Macanja, director-geral da IMOPETRO.
A garantia dos dias de consumo vária de combustível para o outro. Entretanto, abastecer a cidade da Beira é o foco, sendo que esta cidade conta com “39 dias de gasolina de gasolina, para o caso do jat de aviação temos 130 de consumo, para o gasóleo, temos 20 dias de consumo (mas temos lá os nossos navios para reabastecer caso acabe) e para o caso do gás de cozinha”.
O conforto é também para todo o país face à tempestade e à quadra festiva em curso. “Considerando todos os terminais, da Beira, Pemba e Maputo, a gasolina temos 30 dias, jat temos 34 dias, gasóleo temos 27 dias” para todo o país.
Estes cálculos foram feitos tendo em conta aquilo que está a ser a demanda pelos combustíveis nos dias actuais, considerando a época festiva e a IMOPETRO diz que, caso seja necessário, os combustíveis que estão disponíveis em outros cantos do país serão movimentados para zonas mais críticas.
Parte dessa disponibilidade pode ter a ver com o facto de, durante o ano, os moçambicanos terem consumido menos combustível do que normal devido ao confinamento para prevenção da Covid-19.
Aliás, João Macanja diz que neste período houve baixa procura, o que fez com que os combustíveis ficassem sem espaço para armazenamento, encarecendo, automaticamente, os custos de importação, já que os navios ficavam sem poder descarregar.
O que veio a criar equilíbrio é que no panorama internacional, os preços do barril baixaram, tendo até chegado a níveis negativos, então o país acabou comprando e mantendo os preços.
Neste momento, no panorama internacional há tendência de recuperação dos preços dos combustíveis, o que ameaça uma subida também em Moçambique. Na verdade, essa subida só pode ser sentida cerca de seis meses depois da importação.