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Moçambique regista terceira morte devido à COVID-19

O terceiro óbito registou-se em Nampula, a segunda província com maior número (179) de casos da pandemia. A vítima estava em isolamento domiciliário e perdeu a vida quatro dias depois de receber o resultado dos testes.

Moçambique registou, ontem a terceira vítima mortal resultantes da infecção pela COVID-19, desde o início do processo de rastreio e testagem desta pandemia no país, há sensivelmente, quatro meses.

A mais recente vítima é um idoso de 84 anos de idade, diagnosticado como positivo para a COVID-19 recentemente, tendo perdido a vida na sua residência, na cidade de Nampula, onde cumpria o isolamento domiciliar devido a doença.

“Queremos informar que, nas últimas 24 horas registamos um óbito devido a COVID-19”, anunciou ontem o Director Nacional do Instituto Nacional de Saúde (INS), Illesh Jani, durante a habitual actualização da evolução da pandemia no país.

Segundo a fonte, a vítima “foi atendido no Hospital Central de Nampula, no dia 06/06/2020 com sintomas ligeiros de infecção respiratória. A amostra foi recolhida no próprio dia e o resultado foi reportado como positivo para SARS-CoV-2 no dia 10/06/2020” detalhou Jani.

Com este óbito sobe para três o número de fatalidades relacionadas com a COVID-19 no país, sendo que, nas estatísticas entra, também, uma morte, entre os casos positivos desta doença, cuja morte não está, segundo fontes oficiais, relacionada com o novo Coronavírus.

 

Casos a subir

Nos últimos três dias, Moçambique registou 94 novos casos da COVID-19, o que coloca o último final de semana como dos mais severos no que a casos positivos diz respeito.

Dos casos recentes, 20 foram anunciados na sexta-feira, 44 no sábado e, neste domingo, houve registo de mais 30 casos.

Assim, actualmente, Moçambique conta com um cumulativo de 553 casos positivos registados, dos quais 428 activos e 151 totalmente recuperados.
Numa avaliação comparativa ao resto do mundo, dados da evolução epidemiológica mostram uma curva alarmante de Moçambique, no que a velocidade de transmissão diz respeito.

“Embora Moçambique esteja entre os países da região com menor número de casos por milhão de habitantes, o número de dias para atingir a duplicação de casos no nosso país é de 11 dias – um tempo que coloca a epidemia do nosso País como uma das que mais rápido progride a nível global”, disse Jani.

A média global de dias para a duplicação de casos positivos da COVID-19 é de 36 dias, contudo, em Moçambique o tempo é de 11 dias, o que coloca o país na lista dos 10 países com a velocidade mais elevada. Nampula a preocupar A província de Nampula, única com contaminação comunitária confirmada, continua a registar mais casos e está atrás de Cabo Delgado, com 191.

A distribuição por província indica que Niassa conta com seis casos, Zambézia cinco, Tete 15, Manica – sete, Sofala-13; Inhambane-12; Gaza – quatro, província e Maputo 37 e cidade Maputo 51.

Tal como Nampula, as autoridades de saúde estão atentas às cidades de Maputo e Pemba, onde está iminente a onda de transmissão comunitária.

“A cidade de Nampula continua a registar um padrão de transmissão comunitária. As cidades de Pemba e Maputo registam epidemias que poderão transitar para um padrão de transmissão comunitária”, revelou Illesh Jani.

 

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