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Moçambicanos devem consentir sacrifícios pela integridade territorial do país

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse, esta quinta-feira, que todo o moçambicano deve consentir sacrifícios pela integridade territorial do país, tal como fizeram os combatentes da luta de libertação de Moçambique. Nyusi falava na província de Inhambane, durante as cerimónias centrais do Dia da Vitória.

O Presidente da República referiu-se à necessidade de preservação da integridade territorial de Moçambique na cidade de Maxixe, província de Inhambane, no âmbito da cerimónia central alusiva ao 7 de Setembro, Dia dos Acordos de Lusaka.

Na ocasião, o Chefe do Estado orientou a cerimónia de condecoração de 30 entidades com a medalha Veterano da Luta de Libertação de Moçambique.  Outras mais de 1100 distinções foram atribuídas a combatentes noutras províncias do país.

Sob o lema “Combatente firme na consolidação da unidade nacional, paz, desenvolvimento e combate ao terrorismo”, o evento juntou cerca de 500 veteranos de luta de libertação nacional e combatentes pela defesa da soberania e democracia.

Durante a sessão comemorativa, Filipe Nyusi justificou que o Governo decidiu que as cerimónias centrais do 49⁰ aniversário dos Acordos de Lusaka iriam decorrer em Maxixe, em Inhambane, como forma de tributo ao sacrifício que a população daquela região consentiu durante a luta de libertação de Moçambique do colonialismo.

“A história universal carimbou que os Acordos de Lusaka estabeleceram a base legal para o Presidente Samora Machel, com a orientação do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique, declarar a independência total e completa de Moçambique no dia 25 de Junho de 1975. O 07 de Setembro é a metáfora da vitória do povo moçambicano sobre a opressão colonial. Foi neste dia que foi esboçado o Governo de transição que vigorou até à declaração de independência nacional. Foi a partir do 07 de Setembro teve a certeza de que teria a sua pátria, a sua bandeira, o seu hino, a sua moeda, a sua nacionalidade e o seu presidente”, disse Nyusi, recomendando de seguida: “Por isso, todos nós temos de erguer, nos nossos corações, a gratidão em reverência às heroínas e aos heróis que, unidos pela sua coragem e sacrifícios, conduziram Moçambique à independência.”

No evento, que durou cerca de duas horas, Filipe Nyusi voltou a destacar o terrorismo como um dos principais desafios nacionais da actualidade. E lembrou que o conflito ainda não acabou.

Antes do arranque das cerimónias centrais, Filipe Nyusi visitou uma exposição fotográfica e uma feira de saúde e assistiu, na sequência, ao desfile de combatentes.

Os Acordos de Lusaka foram assinados no dia 7 de Setembro de 1974, em Lusaka, capital da Zâmbia, entre o Estado português e a Frelimo, com o objectivo de conquistar a independência de Moçambique, proclamada por Samora Machel a 25 de Junho do ano seguinte, isto é, 1975, no Estádio da Machava, Província de Maputo.

MORTE DE BIN OMAR NÃO SIGNIFICA FIM DO TERRORISMO
O Chefe de Estado moçambicano reconhece que a morte de Bin Omar não signifca o fim do terrorismo no país.

Filipe Nyusi anunciou que, dias depois da morte do líder dos terroristas, um outro membro importante do grupo dos terroristas suicidou-se nas matas de Cabo Delegado.

Depois de anunciar a morte do líder do grupo terrorista que actua em Cabo Delegado, desta vez, o Presidente da República reconhece que essa batalha não significa o fim do terrorismo.

Filipe Nyusi pede vigilância e, sobre a rendição de jovens que se filiaram aos terroristas, o Presidente da República não fala de números, mas garante que são muitos os que se entregam às autoridades.

O Chefe do Estado moçambicano pediu ainda a colaboração com a chamada Força Local, para ajudar a proteger as comunidades nas zonas atacadas pelos terroristas.

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