A vice-ministra da Juventude e Desporto, Ana Flávia Azinheira, diz haver um trabalho para que se regularize a questão da Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB), cujo presidente está fora do mandato há oito meses.
O mandato de Francisco Mabjaia venceu em Junho de 2018, mas este foi indicado em Janeiro deste ano pelas associações provinciais de basquetebol para dirigir a agremiação até Dezembro próximo, num claro atropelo a lei de desporto.
Atento a situação, aliás, socorrendo-se do artigo 43 da Lei do Desporto (ndr: diz que as federações desportivas nacionais estão sujeitas a fiscalização pela entidade que superintende o desporto), o ministério da Juventude e Desporto diz estar a trabalhar no sentido da FMB e outras federações regularizem a situação dos mandatos expirados.
Mais: reitera que só vai dar dinheiro às federações e associações desportivas, no quadro dos contratos programa com o Fundo de Promoção Desportiva, que estejam legalizadas. “Portanto, é um trabalho que o Ministério da Juventude e Desporto está a realizar. Penso que, em momento oportuno, iremos conseguir alcançar este desiderato porque interessa-nos que todos estejam legalizados. Isto porque eles deverão continuar a receber apoio do Governo. Só recebe apoio do Governo quem está legalizado”, clarificou Ana Flávia Azinheira quando abordada pelo “O País”.
A “vice” diz ainda que o actual elenco da Federação Moçambicana de Basquetebol está consciente que deve criar condições para que agremiação funcione dentro da legalidade.
“Nós estamos a trabalhar no sentido de todas as associações e federações no sentido de se legalizarem e regularizarem a questão dos seus mandatos. Portanto, é uma questão que está a ser trabalhada. Penso que a própria federação de basquetebol também já está a par do assunto. Estamos a fazer esforços para que a situação seja regularizada o mais rápido possível”, frisou.
Azinheira reconhece que a situação na Federação Moçambicana de Basquetebol preocupa, mas deixa claro que há mais federações e associações desportivas com irregularidades por sanar.
“Eu não iria olhar a situação da Federação Moçambicana de Basquetebol em particular porque nós, aquando dos Jogos Africanos, abrimos um espaço para formar e incentivar mais federações a se formarem. À semelhança do basquetebol, há outras federações”, observou.
A terminar, Ana Flávia Azinheira frisou: “Conseguimos alcançar grandes avanços no sentido de apoiar todas as outras federações a legalizarem-se. Mas entendemos que há um trabalho que tem que ser acelerado no sentido de incentivar as outras também a legalizarem-se”.