O Ministério da Educação vai introduzir, a partir do próximo ano, a linguagem de sinais e o braile na formação de professores. O objectivo é fazer com que estes estejam capacitados para lidar com alunos especiais.
Aladino Zimba, portador de deficiência visual, disse que há dificuldades de integração para deficientes visuais e pediu que se instale, na capital do país, uma escola para o ensino braile.
“São muitos cegos que querem estudar mais não conseguem, queremos evitarmos pedir esmolas nas estradas”, acrescentou Zimba.
Não tardou aparecer a resposta para a preocupação apresentada por Aladino Zimba, que falava durante o comício orientado pelo Presidente da República, esta sexta-feira na Cidade de Maputo.
A novidade foi anunciada pelo vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Armindo Ngunga.
Ngunga disse que o MINEDH adotou o conceito de educação inclusiva para abranger os deficientes e para isso é preciso preparar os professores.
“Estamos a mudar o conceito de escola porque a pessoa deficiente é parte da nossa comunidade, e é importante também que a sua educação seja parte integrante do nosso curriculum”.
Outra preocupação apresentada pelos residentes da capital é a falta de vagas nas escolas públicas.
Armindo Ngunga reagiu afirmando que os pais e encarregados de educação devem apostar no ensino à distância, e que o Ministério da Educação está a preparar meios para o efeito.
No início de 2018, a Direcção de Educação da Cidade de Maputo anunciou que para o presente ano lectivo estavam disponíveis pouco mais de 4.400 vagas para o ensino à distância.