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MINEDH diz que pais devem ajudar na reintegração de alunos deslocados pelo terrorismo

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) diz que os encarregados dos alunos deslocados devem apresentá-los às autoridades locais para a sua reintegração nas escolas de chegada. Gina Guibunda reagia à situação de alunos que estão sem aulas nos centros de trânsito.

No passado dia 15 de Abril, “O País” reportou a situação de crianças deslocados e que não tinham acesso à educação, nos centros transitórios, na cidade de Pemba, onde buscaram por segurança, fugindo dos ataques terroristas.

São alunos que, na sua maioria, vêm de Palma, palco da última incursão terrorista, mais mediatizada. O mais agravante é que os pais e encarregados de educação diziam não ter sido informados sobre os estudos dos seus filhos.

Esta sexta-feira, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano reagiu à situação e, numa entrevista exclusiva ao “O País”, justificou que a reintegração dos alunos deslocados depende, também, dos pais e encarregados de educação.

“A família ou alguém próximo deve comunicar que há alguém que chegou na situação de deslocado para ele ser integrado, mas dificilmente o fazem e não que o trabalho esteja a falhar porque nós temos alunos que já estão integrados, o que significa que há um trabalho que está a ser feito”, justificou Gina Guibunda, porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.

As chegadas esporádicas de refugiados à cidade de Pemba pode, também, segundo Gina Guibunda, contribuir para a exclusão de alunos deslocados, mas as autoridades locais foram instruídas para receber os petizes.

“O apelo e a orientação dada aos serviços distritais, direcções provinciais é que chegado o aluno, devem integrá-lo na escola mais próxima, à semelhança dos que já passaram por esse processo e, inclusive, realizaram exames”, referiu Gina Guibunda.

Dados do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano indicam que mais de mil alunos deslocados que já foram reintegrados nas escolas de Cabo Delgado, cerca de 400 em Nampula, 30 na província de Niassa, 80 na Zambézia e 1.100 professores. Os terroristas destruíram um total de 45 escolas e de quatro sedes dos Serviços Distritais de Educação.

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