Catorze obras de artistas plásticos moçambicanos estão expostas, desde ontem, no Centro Cultural Franco-Moçambicano. As obras fazem parte do acervo de arte do Millennium Bim.
Entre cores e formas… É a pluralidade de vozes, tirada do acervo de arte do Millennium Bim.
“Nós temos várias obras connosco, desde que iniciámos a actividade bancária, há cerca de 29 anos. Calhou que nesta altura, tomamos esta decisão de partilhar com a comunidade as obras que temos, apresentar as obras a comunidade, valorizando os artistas, que, naturalmente, procuram todos os dias, pôr em prática as suas ideias, que partilham, verdadeiramente, com a sociedade”, disse Moisés Jorge, PCA do Millennium Bim.
São 14 obras de 11 artistas, grande parte já falecidos. É a forma que o Bim encontrou para homenageá-los, segundo Moisés Jorge.
“Isso também representa uma homenagem que nós fazemos ao Doutor Mário Machungo, que foi impulsionador desta aquisição destas obras, mas também ao engenheiro Fonseca. Foram dois homens, que, ao longo desses anos todos, não investiram, mas também fizeram questão que, em algum momento, pudéssemos partilhar estas obras com a sociedade”, explicou
Com curadoria de Jorge Dias, as obras dos anos 60 ou pouco antes transmitem construção de novos valores culturais, na transição do modernismo europeu para o africano.
No lançamento da exposição, não só o público esteve presente, mas também aqueles que pegaram nos pincéis, para retratar em quadro os seus pensamentos. Aqueles cujas obras representam sua passagem pelo mundo dos vivos tiveram lá seus familiares para os representarem.
“Meu pai sempre tentou transmitir uma mensagem de amor em tudo que ele fazia”, disse Laisse Mulungo, filha de Samate Mulungo.
Esta é a primeira edição e a exposição poderá ser visitada até ao fim do mês.