O Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e a União Europeia lançaram, na última segunda-feira, em Maputo, o projecto “Promove Comércio”, cujo objectivo é impulsionar o desenvolvimento estrutural das cadeias de valor prioritárias directas, voltadas para as exportações e o aumento qualitativo do investimento europeu em Moçambique.
Do conjunto dos objectivos a alcançar, constam, ainda, a modelação contextual e estrutural do selo Made in Mozambique, o potenciamento da melhoria da qualidade, certificação e imagem da produção nacional, bem como a consolidação do apoio estratégico à modernização das Micro, Pequenas e Médias Empresas, para que aumentem o seu nível de exportações e participação no mercado europeu e no conteúdo local.
Na sua intervenção, num webinar de lançamento da iniciativa, a vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo, referiu-se à criação, desenvolvimento e institucionalização do quadro e ecossistema integrado de medidas de salvaguardas para o estímulo da produção nacional, como sendo, igualmente, um dos objectivos essenciais do projecto.
“Queremos promover o fortalecimento do sector privado nacional e local. Sabemos e acreditamos que este projecto pode ser um dos catalisadores para a nossa aspiração operacional de valorizar e consumir a produção nacional, diversificar as exportações e impulsionar o investimento”, frisou a governante.
O projecto, operacionalizado em parceria com a UNIDO-Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, é financiado pela União Europeia e visa, também, apoiar a implementação do Acordo de Parceria Económica (APE) e do Acordo de Facilitação do Comércio (AFC) da Organização Mundial de Comércio (OMC).
Por sua vez, António Sánchez-Benedito Gaspar, o Embaixador da União Europeia em Moçambique, disse, a propósito, que o bloco económico está ciente de que Moçambique está muito bem posicionado para tirar proveito das vantagens que a globalização oferece no sector do comércio.
“Tem uma localização geográfica estratégica, uma população jovem, com enorme potencial e recursos. Nós também queremos contribuir para o processo de crescimento económico deste país, criando emprego para a população, através do reforço da competitividade comercial”, disse o diplomata.
Com este projecto, segundo destacou António Sánchez-Benedito Gaspar, “queremos ir longe, mas também ir rápido, porque o país não pode esperar, sendo importante avançar com urgência nas questões de qualidade e na diversificação da capacidade exportadora do país, e para isso temos a melhor equipa e parceiros”.
Jaime Comiche, representante da UNIDO no país, disse ter a expectativa de que a implementação exitosa do projecto concorra para a materialização dos objectivos de transformação estrutural da economia, preconizados pelo programa do Governo 2020-24 e habilitar as empresas a tirar maior vantagem do mercado da SADC, do acordo de parceria económica SADC-União Europeia e também do acordo de comércio livre continental africano.