No sorteio realizado hoje, a selecção nacional de basquetebol sénior feminino ficou emparelhada no grupo B do torneio pré-qualificativo para o Mundial, juntamente com o México, Nova Zelândia e Montenegro. O céu é o limite, há que ser realista mas nem por isso fatalista e sonhar com a segunda presença no Mundial, depois de 2014 na Turquia.
Na casa do basquetebol Patrick Baumann, na Suíça, saiu a sorte da selecção nacional de basquetebol sénior feminino no torneio de pré-qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026, prova a realizar-se em Berlim, na Alemanha.
Na conjugação dos mexidos e remexidos das mãos da ministra dos Desportos do Ruanda, dentro de um globo contendo papéis com fundo rocho e um branco a evidenciar os nomes dos países alinhados para a prova, Moçambique ficou a saber que vai estar num grupo sediado no México.
No local, aliás, estarão dois grupos de quatro equipas cada, que lutam por uma vaga no Mundial que volta a contar com a participação de 16 selecções nacionais, incluindo a anfitriã Alemanha.
Perante o olhar atento do presidente da FIBA, Sheikh Saud Ali Al Thani, e secretário-geral da agremiação, o sorteio ditou que a Nova Zelândia, México e Montenegro são os adversários de Moçambique.
Os jogos, esses, estão alinhados para terem lugar de 19 a 25 de Agosto, prevendo-se que as duas melhores equipas de cada grupo se apuram para as meias-finais. Os vencedores dos grupos, por sua vez, qualificam-se para os torneios de acesso ao Mundial de basquetebol a realizarem-se em Março de 2025.
Outrossim, está definido que os torneios de qualificação para o Campeonato do Mundo irão movimentar um total de 24 equipas, sendo os vencedoras do pré-qualificativo e outras 22 nações a serem encontradas através das competições continentais.
MÉXICO: EXPERIÊNCIA NA “CASA”
A selecção nacional de basquetebol sénior feminino do México assinalou a sua estreia internacional em 1975, ano em que disputou o Mundial de basquetebol. Depois, e com notável evolução, as mexicanas marcaram presença nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 (Atenas, Grécia) e 2016 (Rio, Brasil).
Há, igualmente, a destacar a presença nos Mundiais de basquetebol de 2014 e 2018, e o Campeonato das Américas de Basquetebol em diversas ocasiões.
O México é uma das nações mais fortes do basquetebol feminino do continente americano, tendo conquistado a medalha de prata no Campeonato das Américas feminino de 2013 e 2017, bem como duas medalhas de bronze em 2007 e 2019.
As mexicanas, no seu curriculum, contam, também, com uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015.
Na selecção do México, destaque para Adaora Elonu, Sofía Payén e Jacqueline Luna. A equipa também conta com a experiência de jogadoras veteranas como Alejandra Contreras e Frida González.
MONTENEGRO: UM CONJUNTO EM ASCENSÃO
Outro adversário de Moçambique na fase de acesso ao Mundial é Montenegro. A selecção montenegrina de basquetebol feminino foi fundada em 2006, após a dissolução da República Federal da Jugoslávia. Esta nação basquetebolística fez a sua estreia em competições internacionais no Campeonato Europeu de Basquetebol feminino de 2007, fechando a sua participação em 10.º lugar.
De lá a esta parte, Montenegro vem participando com regularidade em competições internacionais, incluindo o Campeonato Europeu de Basquetebol Feminino e o Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino.
Naquele que é o ponto “must” de qualquer selecção nacional, participou nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, em que terminou em 11.º lugar no torneio feminino.
Actualmente, a selecção sénior feminino de basquetebol do México é comandada pela “coach” Marina Maljković. As estrelas da companhia são Jelena Dubljevic, Milica Dabović e Sonja Petrović.
NOVA ZELÂNDIA: AQUI CHEIRA A EXPERIÊNCIA
Adversário de peso no caminho de Moçambique no torneio pré-qualificativo de acesso ao Mundial 2026, a equipa feminina de basquetebol, da Nova Zelândia, também conhecida como “Tall Ferns”, estreiou-se em provas internacionais em 1953, no Campeonato Mundial realizado no Chile.
Desde então, as “Tall Ferns” contabilizaram doze presenças no Mundial e seis em edições dos Jogos Olímpicos.
A Nova Zelândia foi anfitriã do Campeonato Mundial de 2018, que foi realizado em Auckland e Hamilton, ocupando o 10.º lugar na competição.
Assinale-se a participação nos Jogos da Commonwealth, tendo conquistado quatro medalhas de prata e uma de bronze.
A selecção da Nova Zelândia é uma das principais equipas de basquetebol feminino da Oceania, tendo, de resto, conquistado o título em 2019.
Com um naipe de jogadoras experientes, tais como Micaela Cocks, Charli Collier, Kalani Purcell e Jillian Harmon, a Nova Zelândia será um adversário de peso. Sem sombra de dúvidas.
Guy Molloy, que assumiu o cargo em 2018, é o actual “coach” da Nova Zelândia. Molloy é ex-jogador da selecção masculina de basquetebol da Nova Zelândia e tem uma longa história na modalidade da bola ao cesto neste país.
Eis os grupos :
Grupo A: Coreia, Mali, Chéquia, Venezuela
Grupo B: México, Montenegro, Nova Zelândia, Moçambique
Grupo C: Brasil, Hungria, Senegal, Filipinas
Grupo D: Ruanda, Grã-Bretanha, Argentina, Líbano