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Metical aprecia 17% em relação ao dólar

“A nós, sector privado, interessa ouvir que as taxas de juro reduziram”, disse Agostinho Vuma, presidente da CTA, reagindo à variação positiva que a moeda nacional registou em relação à norte-americana.

O banco central norte-americano injectou cerca de 2,2 trilhões de dólares para activar a economia dos Estados Unidos, devido à pandemia da COVID-19, o que, por um lado, precipitou uma queda expressiva das bolsas mundiais e, por outro lado, permitiu a apreciação de algumas moedas, tais como o metical que apreciou em 17%, depois do dólar ter caído dos cerca de 75,2 meticais em finais de Janeiro para 74,9 em Fevereiro, 68,7 em Março e 58,6 meticais na presente data.

Entretanto, o sector privado nacional diz que a valorização do metical em relação ao dólar cria oportunidade para o Banco de Moçambique baixar as taxas de juro no país, de modo a estimular os investimentos e a produção interna, para fazer face ao défice da conta corrente.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considera que, devido à paralisação dos grandes projectos da indústria extractiva, o país reduziu as importações e, consequentemente, a demanda interna por divisas.

Mesmo com a apreciação da moeda nacional, o presidente da CTA, Agostinho Vuma, considera que Moçambique continua sem capacidade para comprar o dólar a 60 meticais por unidade. “Para o sector privado moçambicano, o mais importante, agora, é a redução das taxas de juro, dos custos de produção e aumento de investimentos para fazer face ao défice balança de pagamentos”, enfatizou Vuma.

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