O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, disse que o país precisa de continuar a encorajar as mulheres a apostarem nas profissões aeronáuticas.
Durante a cerimónia de condecoração de Admira António, primeira mulher a ascender à categoria de Comandante de aeronave comercial, no país, esta segunda-feira, Mesquita referiu que de um universo de 147 pilotos profissionais, 6% são mulheres e, situação mais preocupante verifica-se na manutenção, em que na categoria dos mecânicos aeronáuticos, de um universo de 74 profissionais, apenas cerca de 3% são mulheres.
O quadro em que os índices de participação da mulher são mais encorajadores é, de acordo com Mesquita, a profissão de oficiais de operações de voo. “O país conta com 28 oficiais de operações dos quais cerca de 36% são mulheres”, disse para depois acrescentar:
“Este é o quadro de participação da mulher nas principais profissões aeronáuticas que precisamos de reverter. A nossa presença nesta cerimónia deve ser interpretada como o reconhecimento das mulheres que conseguiram vencer todos os preconceitos e construíram uma carreira brilhante na aviação civil, hoje representadas pela Admira António, a quem acabamos de colocar as insígnias de Comandante de aeronave comercial”.
O ministro dos Transportes acrescentou que Admira deve servir de inspiração para as jovens que pretendem fazer carreira na Aviação Civil. “Admira acreditou nas suas capacidades e competências e ombreou lado a lado com os seus colegas e hoje está a colher os frutos da sua dedicação”, disse, citado num comunicado da instituição, enviado à nossa redacção.
Carlos Mesquita disse, por outro lado, que a cerimónia de condecoração de Admira António era uma oportunidade para exaltar o papel da mulher no Sector dos Transportes e Comunicações e particularmente na Aviação Civil.
