Menores de 15 a 17 anos de idade poderão, nos próximos dias, ser vacinados contra a COVID-19. A informação foi revelada hoje pelo ministro da Saúde, na abertura da reunião bianual do sector.
Moçambique tem a meta de imunizar, até o final deste ano, cerca de 17 milhões de cidadãos elegíveis em todo o país. Até ao primeiro trimestre deste ano, o sector da saúde vacinou complemente 14 dos cerca de 15 milhões previstos.
Com vista a acelerar o processo, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, fez saber que, para os próximos dias, a imunização poderá abranger menores com idades que variam de 15 a 17 anos.
“Reiteramos as nossas metas para o ano em curso – continuar a vacinar, contra a covid-19, a população elegível. Isso quer dizer que nos próximos meses, com o apoio dos parceiros de cooperação, vamos vacinar a população dos 15 aos 17 anos, para depois considerar outras faixas”, revelou o ministro da Saúde, Armindo Tiago.
O ministro afirmou, na última Sexta-feira, na abertura da reunião bianual do sector da Saúde, que, entre outros pontos, avaliou o Plano Económico e Social 2021, que não foi cumprido por vários factores, dentre os quais constam a pandemia da covid-19, o terrorismo em Cabo Delgado e as mudanças climáticas nas regiões Centro e Norte do País.
“Persistem desafios em áreas específicas. Queremos abordar a matéria com alguma neutralidade e sem preconceitos. Há desafios nas áreas de infra-estrutura e equipamento hospitalar, fornecimento de medicamentos e insumos médicos, bem como no que concerne ao quadro legal e normativo”, explicou Tiago, acrescentando que tais fenómenos impulsionaram um revés no sector da saúde, em 2021.
“Esta situação, para além de ter criado sobrecarga nos profissionais de saúde, trouxe destruição de unidades sanitárias e aumento das taxas de desnutrição crónica. Houve necessidade de reorientarmos as nossas acções, sobretudo os recursos financeiros, humanos e materiais, de modo a garantir a continuidade da prestação de serviços”.
Para a melhoria e a expansão dos serviços de saúde, o MISAU conta com a cooperação dos parceiros focais, que mantêm o seu compromisso em apoiar o sector.
“A prioridade, agora, é consolidar e apoiar o Ministério da saúde no diálogo entre diferentes actores internos e externos”, disse Idah Psawatay, a representar o Banco Mundial.
A reunião bianual do sector da saúde decorreu em formato híbrido e contou com a participação de quadros do Ministério da Saúde e parceiros de cooperação.