A classe dos médicos ainda mantém a decisão da greve marcada para o dia 5 de Dezembro, porque, segundo diz, os novos critérios da Tabela Salarial Única não respondem por completo às preocupações colocadas.
A Associação Médica de Moçambique (AMM) reagiu em torno dos novos critérios da Tabela Salarial Única, anunciados esta segunda-feira, pelo Ministério da Administração Estatal e Função Pública.
Para os profissionais, as reivindicações ainda não foram completamente resolvidas, segundo explicou Napoleão Viola, secretário-geral da AMM.
“Responde parcialmente, no que diz respeito ao subsídio de risco e de exclusividade. Mas, quanto ao subsídio de localização, não”, disse Viola.
A Associação Médica de Moçambique disse que a decisão de paralisar as actividades a nível nacional ainda permanece, até que as insatisfações que constam do caderno reivindicativo sejam resolvidas.
“A greve continua marcada e o que esperamos é que o Governo possa responder efectivamente, mas o que notamos é que o espírito de diálogo está a reduzir, porque, mesmo depois de termos adiado a greve, não recebemos nenhuma informação por parte dos órgãos oficias do Estado”, reiterou o secretário-geral da Associação Médica de Moçambique.
Através de um comunicado, o Conselho de Direcção da AMM informou que teve conhecimento de que os recursos humanos de alguns hospitais estão a cometer erros no enquadramento dos médicos especialistas, não considerando o tempo como clínico geral e residente (chegando a suprimir mais de sete anos do tempo na carreira), o que viola o número 3 do artigo 6 do Decreto nº 50/2022 de 14 de Outubro, que diz que “para os casos de carreiras que resultam de conversão, o tempo efectivo na carreira conta a partir da carreira de origem”.
A irregularidade foi reportada à Direcção Nacional de Recursos Humanos do MISAU no dia 11 de Novembro, mas, até ao momento, segundo a associação, não existe nenhuma tentativa de correcção do erro.