Em sessão ordinária da comissão política do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), este sábado, na cidade de Maputo, o partido esteve a analisar um ponto de agenda: os resultados das eleições gerais.
Na abertura do encontro, o presidente, Daviz Simango, atentou ser importante reflectir alguns aspectos a volta do processo que considerou ter assistido uma “fraude sofisticada”.
Daviz “atacou” a Frelimo ao achar que “refugiaram-se em tudo e a todo custo usando as Forças de Defesa e Segurança, os lambe-botas e os ‘yes man’, com rótula de observadores nacionais”.
“Para completar a este lote, alguns agentes das Forças de Defesa e Segurança, tiveram o privilégio de nos brindar com a violação do princípio de forças republicanas”, lamentou o presidente do MDM, em notas introdutórias ao encontro que juntou parte da “nata” da formação política.
Com todas essas observações, o MDM acredita que os órgãos de gestão eleitoral são os maiores culpados, tornando-se deste modo a “fonte de conflitos pós-eleitorais.”
“Nas mesas de votação não faltaram de nos violentar. Foi chancelada a teoria de que o ladrão rouba e a polícia protege. O STAE anuncia que tudo é ordeiro, justo livre e transparente. Hipotecaram o direito de um homem um voto”, acrescentou Daviz, às lamúrias.
“Desafio ao presidente da CNE e ao Director-geral do STAE, a explicarem como foi possível em todos distritos existirem boletins nas mãos de estranhos à gestão eleitoral. Expliquem a nós os moçambicanos, como os nossos camaradas conseguiram perfilar a sua classe de ‘bons pastores da fraude’”, afirmou o líder do partido que tem galo como símbolo, concluindo assim, que “os resultados anunciados não são o desejo da população. São de nulidade”.
Este é o segundo partido a reunir a sua comissão política e a manifestar publicamente a sua oposição contra os resultados das eleições de 15 de Outubro. Primeiro foi a Renamo.