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MDM  apela ao Governo para (re)negociar com a Mozal

A bancada do MDM apela ao Governo para renegociar com a Mozal, de modo a evitar os impactos financeiros e sociais da sua retirada, anunciada para Março de 2026. Fernando Bismarques, chefe da bancada, diz que o Governo conhece os desafios da empresa desde 2012 e sempre ignorou.

Reagindo ao anúncio do fim das operações da Mozal no país, a partir de Março do próximo ano, o chefe da bancada do MDM acusa o Governo de ignorar um problema já antigo.

“É falacioso dizer que esta posição da Mozal é uma chantagem. Reitero que o Governo já sabia da situação da Mozal desde 2010 e nada foi feito para garantir a produção de energia, para suprir esta lacuna que a Mozal hoje necessita, porque, de facto, a Mozal precisa de energia. A HCB não tem capacidade de gerar ou de fornecer essa energia, dependendo da  EXCOMM”, explicou Fernando Bismarque.

Bismarque apela, para isso, à renegociação da situação contratual com a empresa.

“Caberá, obviamente, ao Governo de Moçambique encontrar uma saída negociando com a EXCOMM, dando tempo de pelo menos um ano, para que possamos encontrar uma solução para manter esta empresa, que do ponto de vista da imagem de Moçambique ela tem uma importância significativa, porque se trata do ambiente de negócio, trata-se de uma das primeiras empresas que entrou no nosso país, e o país não se pode dar ao luxo de ver a Mozal a encerrar em suas portas.”

O MDM alerta, ainda, para o risco de o país não alcançar o crescimento previsto para 2026, por conta da contribuição desta empresa.

“Devo salientar um ponto importante. Há as projecções anunciadas pelo Governo, do crescimento do PIB para 2026 de 2,8% e com o encerramento das operações da Mozal, quer dizer que o crescimento da nossa economia vai ter um grande impacto, haverá um crescimento negativo do PIB, porque a Mozal tem uma contribuição de 3% para o PIB”, concluiu.

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