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Maya Ângela Macuácua e Geremias Mendoso participam em actividades literárias em Portugal

Os vencedores da edição 2021/ 2022 do Prémio Literário Fernando Leite Couto, Maya Ângela Macuácua e Geremias Mendoso, embarcam a Portugal para uma série de actividades que irão desenvolver ao longo de um mês de estadia.

De acordo com a Fundação Fernando Leite Couto Maya Ângela Macuácua, autora do romance “Diamantes pretos no meio de cristais”, e Geremias Mendoso, autor do livro de contos “Quando os mochos piam”, farão lançamentos das suas obras naquele país ibérico, terão uma residência literária na Câmara Municipal de Óbidos durante 30 dias e participarão no FÓLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos.

A partir da edição passada que os vencedores do Prémio Literário Fernando Leite Couto, além do valor pecuniário de 150 mil meticais, oferecido pelo Moza Banco, têm a possibilidade dessa troca de experiências com escritores portugueses, escritores africanos a residirem em Portugal e de outros quadrantes do mundo, em resultado de uma parceria com a Câmara Municipal de Óbidos, tendo sido Otildo Justino Guido, que levou o galardão com o livro de poesia “O silêncio da pele”, a inaugurar este novo ciclo do Prémio.

Lançadas no dia 30 de Agosto deste ano, as obras vencedoras retratam imaginários distintos, não obstante a proximidade geracional dos seus autores, facto que evidencia a diversidade do mosaico cultural moçambicano.

“Diamantes pretos no meio de cristais”, de Maya Ângela Macuácua, ficciona cenários de segregação racial em Moçambique, na África do Sul e nos Estados Unidos, numa viagem por diferentes tempos.

Em “Quando os mochos piam”, Geremias Mendoso oferece uma série de contos que exploram o folclore moçambicano com uma dose sabiamente equilibrada de humor.

No anúncio dos vencedores do Prémio, a 18 de Abril, o júri, presidido por Francisco Noa, integrado igualmente por Conceição Siueia, Conceição Siopa, José dos Remédios e Albino Macuácua, atribuiu ainda menções honrosas a Fernanda Vitorino do Rosário Mualeia João, pelo romance “Amor em tempos incertos”; Wasquete Jasse Fernando, pela novela “Noites de desassossego”, e Adelino Albano Luís, que escreveu a colectânea de contos “Estórias trazidas pela ventania”.

O prémio já laureou dois poetas, Macvildo Bonde, com “A descrição das sombras”, em 2017, e Otildo Justino Guido, com “O silêncio da pele”, em 2019. Em 2018, o júri decidiu não atribuir o prémio, pois nenhum dos candidatos reunia os requisitos de qualidade exigidos como critérios de premiação.

O prémio criado pela Fundação Fernando Leite Couto está a crescer, de modo que, além do Moza Banco, que já o patrocinava, passou a contar, igualmente, com as parcerias da Câmara Municipal de Óbidos, do Camões Instituto de Cooperação da Língua Portuguesa em Maputo e da Câmara de Comércio Portugal Moçambique.

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