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Maxaquene e ADM (re)formalizam casamento de apoio

É o fim das especulações à volta do apoio que os Aeroportos de Moçambique deviam dar ao Maxaquene no âmbito do patrocínio e troca de serviços entre as duas instituições. O fim chegou com a assinatura de memorando de entendimento que oficializa o retorno do apoio da empresa nacional de transportes aéreos ao clube tricolor, depois de um período de crise que assolou a familiaridade entre as duas instituições que data desde a independência nacional.

Na última quinta-feira, as direcções das duas instituições reuniram-se para sanar as diferenças e fumar o cachimbo da paz, tendo na ocasião emitido um comunicado que refere que a empresa Aeroportos de Moçambique assinou um memorando de entendimento com o Clube dos Desportos da Maxaquene. O memorando de entendimento “versa sobre a concessão de patrocínio ao clube e sobre demais deveres e obrigações de cada uma das instituições, tendo como objectivo o reforço das relações de cooperação entre ambos nos domínios da promoção da cultura desportiva e da responsabilidade social com seus trabalhadores e associados”, escreve o comunicado emitido na última sexta-feira.

O memorando de entendimento foi assinado pelo Presidente do Conselho de Administração dos Aeroportos de Moçambique, Emanuel Chaves, e o presidente de direcção do Clube de Desportos da Maxaquene, Arlindo Mapande, sob mediação de Sérgio Pantie, ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube Maxaquene.

Este memorando de entendimento surge dias depois dos trabalhadores do clube “tricolor” terem paralisado actividades na sede da colectividade, em greve, protestando contra os vários meses sem salários, como forma de pressionar a direcção a fazer os pagamentos dos salários em atraso.

 

Como tudo começou?

O desentendimento entre o Clube Maxaquene e os Aeroportos de Moçambique data de Julho deste ano, quando Nuro Americano apresentou-se como candidato a presidência dos “tricolores”, como representante da emprega integradora. Na altura as empresas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e Aeroportos de Moçambique (ADM), que apoiavam a candidatura de Americano, dizia que caso o antigo guarda-redes do clube não ganhasse a eleição, as duas empresas podiam deixar de patrocinar o clube.

Mas depois das ameaças avançadas ao longo da campanha eleitoral da ponderação das empresas integradoras do Clube dos Desportos da Maxaquene, nomeadamente as Linhas Aéreas de Moçambique e os Aeroportos de Moçambique, em apoiar o clube, caso a candidatura por si defendida não passasse nas eleições, o presidente cessante da Mesa de Assembleia-Geral da colectividade desportiva, Sérgio Pantie, garantiu que o apoio iria continuar.

Na ocasião, Sérgio Pantie dizia que a relação entre as empresas integradoras e os “tricolores” é saudável, de longa data e que iria continuar, para além de que contribui para o crescimento do clube e engrandece o desporto moçambicano.

Sérgio Pantie pronunciava-se no dia de tomada de posse de Arlindo Mapande como presidente de direcção do Maxaquene.

Desde a entrada de Arlindo Mapande na liderança do clube, os Aeroportos de Moçambique não tinham ainda canalizado seu apoio ao clube, facto que deixou a colectividade com problemas financeiros sem precedentes, facto que poderá ser ultrapassado com este memorando de entendimento assinado já semana passada.

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