O ministro da Economia e Finanças não respondeu a nenhuma pergunta dos jornalistas sobre o pagamento de horas extras aos professores e sobre queixas de atraso salarial dos juízes. Na mesma tentativa de obter respostas, a imprensa foi, também, impedida, hoje, de se aproximar ao primeiro-ministro.
O país tem estado a “ferver” com discursos de greves vindos de quase todos os lados. A razão é o atraso salarial e a falta de pagamento de alguns subsídios, sobretudo nas áreas da saúde, justiça e educação.
Na saúde, devido à retirada de subsídios com a introdução da Tabela Salarial Única (TSU), entre outras preocupações, os médicos marcaram e desmarcaram mais uma greve, que estava prevista para esta segunda-feira.
Na justiça, os juízes ameaçam entrar em greve, a partir de 09 de Agosto, e uma das suas principais exigências é o pagamento de salários com base na condição anterior à TSU, por entenderem que a adopção do instrumento desvaloriza os esforços da classe.
E, na educação, que é o caso mais predominante, os professores exigem o pagamento de horas extraordinárias que lhes são devidas há mais de dois anos.
Esta terça-feira, o jornal O País confrontou o ministro da Economia e Finanças sobre algumas dessas questões e, simplesmente, ignorou-as.
Max Tonela até ouviu e anotou as perguntas, mas, logo a seguir, chamou um dos seus assessores, a quem orientou a dizer à imprensa que tais assuntos seriam respondidos em fórum próprio, e o “O País” aguarda a ocasião.
Sobre os mesmos assuntos, tentamos entrevistar o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, e fomos barrados pela segurança.
E mais uma vez, a imprensa e a sociedade ficam sem saber qual é a solução que o Governo tem para os problemas dos médicos, professores, juízes e dos demais funcionários com atrasos salariais e outras remunerações.